Pré-candidato a prefeito da Capital, o deputado federal Edson Giroto (PMDB) chegou em ato político do PRP, no início da tarde deste sábado (05), ao lado do presidente regional do PDT, Dagoberto Nogueira, mas afastou a possibilidade de a aproximação indicar a escolha do pedetista como seu parceiro de chapa. “Enquanto não fechar os partidos aliados, não tem como definir o vice”, declarou Giroto.

Dagoberto, por sua vez, deixou de lado discurso anterior e adotou a cautela na hora de abordar o assunto. “Eu vou ser companheiro. Se eu vou ser vice ou não, vamos discutir com todos os partidos lá na frente”, afirmou. A declaração vai contra manifestações anteriores, quando o dirigente do PDT só aceitava falar em aliança com o PMDB em troca da vaga de vice. “Eu não vou ficar brigando por isso, vou brigar pelo projeto”, explicou sobre a mudança de comportamento.

Por outro lado, peemedebistas garantem que o novo posicionamento de Dagoberto leva em conta insatisfação da cúpula do partido diante da pressão do pedetista pela garantia da vaga de vice. Dias antes dos relatos de queixas dos caciques do PMDB, o dirigente chegou a cobrar ofício confirmando compromisso de ceder espaço na chapa majoritária ao PDT.

A pressão provocou reação imediata dos peemedebistas. O presidente da Câmara Municipal, vereador Paulo Siufi (PMDB), chegou a classificar como incoerente a escolha de Dagoberto como vice, diante de duras críticas desferidas ao governador André Puccinelli (PMDB), nas eleições de 2010.

Indagado se a reação da Câmara pode atrapalhar seus planos, Dagoberto sinalizou tranquilidade. “Não tenho medo disso, se eu tivesse medo não poderia entrar na disputa”, ressaltou o pedetista. A confiança, segundo ele, tem como base o critério escolhido para definir o vice. “O critério que o André determinou é pesquisas e eu estourei nelas”, emendou. Em 2008, no entanto, mesma pressão da Câmara roubou de Dagoberto a vaga de vice do prefeito Nelsinho Trad (PMDB), que concorreria a reeleição.

Só no final de maio sai o vice

Ainda sobre seu companheiro de chapa, Giroto prevê uma definição apenas para o final do mês. “Nós queremos crer que até o final de maio esteja praticamente resolvido os partidos que comporão nossa aliança e aí sim todos indicarão seus pretensos candidatos a vice e aí nada mais justo do que  fazer uma discussão, uma pesquisa para ver quem mais contribui e escolher o vice”, finalizou.