Valter Pereira diz que compra de voto pode ‘alterar’ resultado em prévias do PMDB
Simpatizantes do deputado Moka estariam oferecendo uma “oncinha [cédula de R$ 50]” pelo voto
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Simpatizantes do deputado Moka estariam oferecendo uma “oncinha [cédula de R$ 50]” pelo voto
O senador Valter Pereira, que disputa hoje com o deputado federal Waldemir Moka a vaga ao Senado pelo PMDB, disse que o resultado das prévias deve ser influído pela compra de votos.
Pereira acha que os apoiadores de seu adversário, Moka, estariam comprando por R$ 50 o voto dos filiados peemedebistas. Isso estaria acontecendo em Campo Grande e Três Lagoas.
O deputado não quis comentar a denúncia. “Vou vencer e disputar o Senado”, afirmou Moka.
A compra de voto, segundo Valter Pereira, estaria ocorrendo num estacionamento, em frente ao colégio Joaquim Murtinho, na Avenida Afonso Pena, local de votação das prévias, em Campo Grande. Nesse local ao menos 2,5 mil filiados devem indicar se Moka ou Valter Pereira deve disputar o Senado pelo PMDB.
Embora o PMDB conte com 40 mil filiados, o comando do partido acredita que entre 8 e 12 mil votem hoje. O baixo índice de participação, segundo os partidários, ocorre porque a votação não é obrigatória.
O estacionamento citado pelo senador, o Nossa Senhora Aparecida, foi reservado aos filiados do PMDB, simpatizantes de Moka. Pela manhã entrava lá apenas os veículos com o adesivo do deputado.
“Isso é um absurdo, como é que vamos comprar votos de filiados?”, chiou um peemedebista ligado a Moka, que ajudava na manobra dos carros.
“É só entrar lá e sair com uma oncinha [cédula de R$ 50 reais, no caso]. Quando o processo de escolha em prévias é maculado pelo uso da máquina, como a compra de votos, é de discutir a legitimidade da disputa”, disse o senador.
Valter Pereira disse ainda que mesmo com a suposta compra de voto, ele deva vencer a disputa. “Não estou dizendo que vou perder, mas isso tudo deve mexer no resultado. A derrota faz parte da democracia, mas não desse jeito. Numa disputa normal eu teria medo do resultado, mas assim…”, disse ele, que não pretende tocar adiante a sua denúncia, no caso, denunciar o episódio a Justiça eleitoral.
Valter Pereira reclamou também que estaria sendo prejudicado na disputa com Moka pelas influências do “primeiro damo de Três Lagoas e a primeira dama de Campo Grande”.
No caso, segundo o senador, o marido da prefeita de Três Lagoas, Simone Tebet e a mulher do prefeito Nelsinho Trad (Campo Grande), Antonieta Trad, estariam influindo na decisão dos servidores, ou seja, orientando-os a votarem em Moka.
O deputado não quis também comentar essa declaração.
Vitória
Já o deputado Moka, que não quis rebater a denúncia, disse que vence Pereira nas prévias principalmente com os votos do interior do Estado.
Ele afirmou que “trabalhou forte” sua candidatura no mês de janeiro, quando visitou todos os municípios do Estado. “Nas últimas eleições tive cento e poucos mil votos, 85 mil dos quais conquistei no interior”, disse o parlamentar.
Os dois candidatos, que hoje cedo cumprimentavam os filiados na escola Joaquim Murtinho, não revelaram suas intenções políticas em caso de derrota
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