Sem candidato a prefeito, PMDB de Dourados se condena a ser coadjuvante, diz presidente
Partido abandonou candidatura própria para apoiar Murilo após reunião com Puccinelli que nega ter pressionado correligionários
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Partido abandonou candidatura própria para apoiar Murilo após reunião com Puccinelli que nega ter pressionado correligionários
Presidente regional do PMDB, Esacheu Nascimento, discorda da decisão do partido de abandonar o projeto de candidatura própria nas eleições extraordinárias de Dourados para apoiar o vice-governador Murilo Zauith, pré-candidato a prefeito pelo DEM. Contudo, esclarece que o diretório apoiará a decisão da executiva municipal que deve ser oficializada no fim de semana.
“O partido não poderia deixar de disputar as eleições. Se ficar fora do jogo político, o PMDB de Dourados estará se condenando a ser coadjuvante por longos anos”, analisa o dirigente. Na interpretação dele, Murilo por estar disputando agora “um mandato tampão” poderá se candidatar ainda outras duas vezes à prefeitura e, por estar no poder, terá chances de se reeleger.
O presidente do PMDB lembra que em 6 de dezembro o presidente do PMDB de Dourados Laudir Munaretto e o deputado federal Geraldo Resende pediram respaldo para uma candidatura própria à prefeitura de Dourados. Esacheu, inclusive, encaminhou uma nota ao diretório municipal de Dourados reiterando o respaldo da Executiva estadual à candidatura própria.
Na reunião ficou acertado que o partido realizaria pesquisas junto à população para escolher seu candidato. Semanas depois do combinado, Geraldo Resende desistiu da candidatura alegando ter sido convencido por prefeitos e lideranças políticas a continuar na Câmara Federal.
O dirigente considera confusa a situação do partido em Dourados, visto que o partido não parece unido em um mesmo objetivo. Mesmo assim, assegura que a cúpula regional não pretende interferir na situação local.
Lideranças do PMDB decidiram pelo apoio a Murilo após reunião com o governador André Puccinelli (PMDB) que teria aconselhado o partido a apoiar o democrata. Puccinelli, contudo, nega ter pressionado o PMDB de Dourados. Ele afirma ter dito aos correligionários que a decisão caberia a eles.
Os eleitores de Dourados voltam às urnas no dia 6 de fevereiro de 2011. O novo pleito foi convocado em razão da renúncia do prefeito Ari Artuzi (sem partido) e do vice dele Carlinhos Cantor. Os dois estiveram presos sob a acusação de participar de esquema de fraudes em licitações e distribuição de propinas. Saiba mais sobre a movimentação política para as eleições extras em Dourados nas notícias relaciondas.
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