Puccinelli ameaça Infraero por início de obra em seu mandato

O governador reeleito André Puccinelli (PMDB) revelou hoje estar pressionando para que a Infraero (Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária) inicie as obras de ampliação do Aeroporto Internacional de Campo Grande em seu mandato. Ele quer celebrar com a empresa um acordo com cláusula reversível. Na hipótese, de a Infraero não iniciar a obra em menos de três anos, ele retoma a área que seria doada para a ampliação do aeroporto.

As obras garantiriam a transformação do aeroporto de passageiros para internacional de cargas, mas para o governo do Estado, não há necessidade de se passar três anos o projeto executivo. O governador esteve em Brasília tratando do assunto.

Hoje, ao comentar o fato durante entrega de obras na escola Vespasiano Martins, no centro de Campo Grande, reiterou que considera exagerado o tempo de três anos para a conclusão do projeto executivo.

“No ano passado, assinamos com o presidente da Infraero protocolo. Eu fiz a declaração de utilidade pública daquela área para bloquear e evitar a especulação imobiliária. Foi só falar que era para o aeroporto que os caras queriam receber o triplo do que a terra vale. Agora, eu quero que eles [Infraero] reduzam o tempo. Não fiquem três anos só para fazer o projeto executivo”, comentou.

Puccinelli mencionou já ter apresentado as condições para a entrega da área. “Para desapropriação e entrega eu quero condicionar que o projeto executivo esteja pronto e comece no meu mandato. Não precisa terminar no meu mandato, mas tem que iniciar, porque na hora que começa é inexorável que se vai terminar. Eu entrego a área com clausula reversível, se não iniciarem no terceiro ano, aí eu retomo a área. Ai eles estão estudando a lá”, disse.

A área a ser desapropriada, conforme Puccinelli, é de 1,3 mil hectares. Ele não mencionou o valor que deverá pagar pela desapropriação do terreno.

Puccinelli acredita que uma vez iniciada em seu mandato não haverá mais o risco de o investimento migrar para outro aeroporto. Conforme o governador, a Infraero sobrevive do orçamento da União e das taxas dos aeroportos com as quais promove melhorias aeroportuárias.