O tio do homem, envolvido no acidente que resultou na morte de Carlos Augusto Queiroz, de 53 anos, explicou que o sobrinho estava em alta velocidade, pois estava socorrendo a filha que teria tido uma convulsão.

O acidente aconteceu entre a noite de domingo (12) e a madrugada desta segunda-feira (13) no cruzamento da Rua Fátima do Sul com a Rua Rio Dourado, no bairro São Jorge da Lagoa, em Campo Grande.

Plínio Roberto da Silva entrou em contato com o Jornal Midiamax para esclarecer que o sobrinho é evangélico e não bebe. “A filha estava convulsionando, por isso passou correndo”, explicou. 

A explicação ocorreu depois que moradores na região afirmaram terem sentido cheiro de cerveja. 

O tio ainda contou que a preferencial era do sobrinho, que seguia na Rua Fátima do Sul, enquanto a vítima estava na Rua Rio Dourado, onde há sinalização de PARE.

Com a forte batida, os veículos foram arrastados por mais de 20 metros até bater no muro de uma casa.

O casal que estava no Ford Ka foi socorrido para a Santa Casa.

Não foi informado o atual estado de saúde da criança, nem dos envolvidos no acidente.

Alta velocidade

A proprietária do imóvel atingido pelos veículos, uma servidora pública, de 50 anos, disse que mora no local há 30 anos e que nunca tinha presenciado um acidente tão grave. 

Ela assistia à televisão quando escutou a batida. “Fiquei muito nervosa, porque tenho medo de acidente de trânsito. Só tirei fotos do carro dele e cobrei para ele pagar. A sorte é que não atingiu a casa, só o muro”, explica. Ela estima que a reforma sairá em torno de R$ 6 mil reais. A moradora explicou que não conseguiu dormir, com medo, pois a casa é de esquina e o muro passou a noite ‘aberto’. “Para entrarem aqui e roubarem é daqui para ali”.

Ainda segundo moradores, a Rua Fátima do Sul recebeu novo recapeamento e com o asfalto novinho, motoristas aproveitam para ‘testar’ velocidade. “O pessoal não respeita, passa em alta velocidade, acham que aqui é pista de corrida mesmo. Agora com esse asfalto novinho, o carro desliza, né?”, disse.

Funcionários de um açougue na esquina do cruzamento relataram que os acidentes são constantes. “Pelo menos a cada semana tem um, principalmente com motociclistas”, contam. “Velocidade muito alta. Fizeram o recapeamento e não colocaram um quebra-molas”, explicam.