“Placa de pare não é enfeite”. O relato é de uma funcionária que trabalha no cruzamento da Avenida Cafezais com a Rua Araraquara, em Campo Grande, após constantes acidentes por imprudência na região do Centro-Oeste. A comunidade pede a instalação de um semáforo como medida para reduzir as colisões.

Recentemente, câmeras de segurança flagraram um Ford Fiesta avançando o sinal de pare e atingindo a motociclista no cruzamento. A motociclista sofreu fratura na clavícula.

A avenida é uma rota de acesso para os moradores da região sul, para a região das Moreninhas, Dom Antônio Barbosa, Mario Covas e Los Angeles. Apesar da recente na avenida, moradores relatam que há alta velocidade e desatenção.

João André é comerciante e mora na região há anos, acompanha o aumento do fluxo no trânsito, principalmente em horários de pico. “Direto tem acidentes de moto, carro e ciclista. Os condutores não respeitam o pare. Meu sogro mesmo já foi atropelado enquanto andava de bicicleta aqui. Os idosos são os mais prejudicados”.

João diz que trecho se tornou perigoso (Alicce Rodrigues, Midiamax)

Tereza Vieira dos Santos tem uma banca bem na esquina do cruzamento para vender pão e doces. A insegurança beira a rotina de trabalho, já que ela teme um dia ser vítima da imprudência.

“Aqui precisa de um semáforo para ver se o povo aprende a circular. Eu trabalho com medo. Tem uns seis meses que teve um acidente e o carro veio parar pertinho de mim”, descreve.

Teresa teme um dia ser vítima da imprudência (Alicce Rodrigues, Midiamax)

Dayani Afonso trabalha em uma farmácia no cruzamento há dois anos e também teme a possibilidade de um carro desgovernado invadir a loja. “Não respeitam nem a ciclovia, nem o pedestre andando. Se tornou muito perigoso. O acidente da semana passada, por exemplo, ela caiu no chão e por pouco não foi atropelada por um ônibus. Aqui precisa de um semáforo e mais conscientização das pessoas. Placa de pare não é enfeite, é preciso respeitar”.

Em nota, a (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) informou que vai enviar uma equipe para estudo técnico da área.