‘Acidente fake’: Batida entre ônibus clandestino e carreta-tanque chama atenção no Parque dos Poderes

Simulação ocorre para capacitar as equipes para atuarem de forma rápida e coordenada

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10º Simulado de Acidentes com Produto e Múltiplas Vítimas (Alicce Rodrigues, Midiamax)

Colisão, vazamentos, feridos, mortes. A CCR MSVia realizou neste sábado (28) 10⁰ simulado de acidentes com produto e múltiplas vítimas, para capacitar as equipes para atuarem de forma rápida e coordenada em possíveis ocorrências.  A cena desesperadora simulou um grande acidente envolvendo um ônibus clandestino, uma carreta-tanque carregada com etanol e dois veículos de passeio, com o total de 20 vítimas. 

A cena chamou atenção de muitos curiosos em frente do Centro de Convenções Arquiteto Rubens Gil de Camillo no Parque dos Poderes, em Campo Grande e contou com a participação das equipes Polícia Rodoviária Federal, Polícia Militar, Polícia Militar Ambiental, Detran-MS, Polícia Científica, Defesa Civil do Estado e Defesa Civil de Campo Grande.

A colisão ‘fake’ ilustra como uma falha mecânica inicial pode desencadear uma série de eventos graves. O socorro nesse caso requer uma atuação rápida e coordenada para mitigação dos riscos e atendimento das vítimas.

Simulado envolveu 21 órgãos (Alicce Rodrigues, Midiamax)

Apesar de não ser uma situação comum, o gerente de operaçãoes da concessionária que administra a rodovia no Estado, explicou que a ação é justamente para as equipes estarem preparadas para agir em caso como este. “Esse é um tipo de acidente que não é comum de acontecer, porém quando ele acontece é um acidente muito complexo, por conta de ter um produto perigoso envolvido, ter uma contenção, múltiplas vítimas que mudam a dinâmica de toda a operação e principalmente porque tem uma interação com vários órgãos participando num acidente desse. Então a gente treina um evento desse, para capacitar todas as equipes e principalmente para desenvolver ainda mais a integração entre os órgãos, para cada um quando chega numa ocorrência complexa dessa saber corretamente qual o seu local, qual a sua função, qual o seu papel e durante todas as ocorrências pela complexidade surgem situações incomuns de saber a melhor maneira de estar atuando”, explicou Arrison Szesz.

O chefe da primeira delegacia PRF de Campo Grande, Marcos Kley, explicou que a atuação da equipe nesse caso é o primeiro contato, onde é avaliado que tipo de acidente que é, e depois as demais equipes que realizam o socorro são acionadas.

“O simulado é para renovar os nossos protocolos de atendimento às vítimas, onde o acidente já aconteceu. Então esse trabalho preventivo já não teve sucesso, o acidente já aconteceu e nós precisamos renovar a cada ano os nossos protocolos de atendimento para assegurar da melhor forma possível uma sobrevida para essas pessoas que estão envolvidas no acidente. Tentamos simular esse acidente num laudo pericial para que possa ter o mais possível de realidade para poder identificar a causa”, explicou.

A massoterapeuta, Sheila Neves, de 51 anos, acompanhou de perto a dinâmica. Ela explicou que acha importante a simulação até mesmo para que as pessoas tenham noção da importância do trabalho das equipes de resgate.

“É interessante a gente ir e não atrapalhar, porque geralmente quando a gente vê uma coisa, a primeira coisa que a gente quer fazer é olhar e às vezes até atrapalhar o trabalho deles, até mesmo para sair, voltar, se locomover, mas é muito importante essa prevenção”, afirmou.

Dinâmica do acidente fake

Uma falha no sistema de freios do ônibus, resultou em uma série de colisões, que terminou em tombamento e vazamento de produto perigoso.

Aeronaves também foram utilizadas no resgate (Alicce Rodrigues, Midiamax)

O motorista, ao perceber a perda de controle, tentou reduzir a velocidade utilizando manobras evasivas, porém, devido à velocidade excessiva e à perda de controle, acabou colidindo contra a traseira de uma carreta-tanque carregada com etanol que seguia à sua frente.

O ônibus atingiu a traseira da carreta-tanque carregada com etanol, que trafegava no mesmo sentido. A colisão ocorre na parte traseira direita da carreta, resultando em um impacto de alta energia que danifica o tanque de combustível, em seguida o coletivo tomba.

O tanque da carreta, danificado pela colisão, começa a vazar etanol, criando uma situação de alto risco de incêndio ou explosão.

Dois veículos de passeio que vinham logo atrás do ônibus não conseguem parar a tempo e colidem com o ônibus tombado. O primeiro veículo, atinge a traseira do ônibus, enquanto o segundo, colide com a traseira do primeiro carro, resultando em um engavetamento.

Enfermeiros auxiliaram o resgate (Alicce Rodrigues, Midiamax)

Situação dos veículos envolvidos

O ônibus transportava 15 passageiros e manutenção precária e operava fora dos padrões regulamentares de transporte, trafegando em uma via de declive acentuado, sofreu uma falha completa no sistema de freios.

Já a carreta-tanque transportava uma carga de 30.000 litros de etanol. Devido à complexidade da manobra e ao peso da carga, o condutor da carreta mantinha uma distância segura do tráfego à frente. 

Nos dois carros haviam dois ocupantes cada e seguiam no mesmo sentido de tráfego. 

Segundo a CCR, a cena se torna extremamente perigosa devido ao vazamento de etanol e à possibilidade de ignição do combustível. As equipes de emergência são acionadas, priorizando a retirada das vítimas e o controle do vazamento para evitar um desastre maior.

“Então a gente chama também a atenção para esse ano por uma causa que são os ônibus clandestinos que estão na rodovia, causam acidentes, então o causador desse acidente simulado foi um ônibus clandestino por problemas de manutenção, falta de segurança que agravou a condição das vítimas, então a gente também chama a atenção para essa causa hoje”, disse Arrison Szesz.

Bastidores

As vítimas foram representadas por acadêmicos de Enfermagem.

Foram deslocadas ambulâncias da CCR MSVia em conjunto com veículos de resgate do Corpo de Bombeiros, SAMU, além de helicóptero da Polícia Militar, além de viaturas de inspeção e guinchos para veículos leves e pesados.

Confira as imagens do simulado:

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