Incidente: Samu atropela vítima de acidente na BR-163

Uma ambulância do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) atropelou acidentalmente uma vítima de um acidente de trânsito, na madrugada desta segunda-feira (13), na BR-163, a 16 quilômetros de Campo Grande. De acordo com o coordenador do Samu de Campo Grande, Eduardo Cury, a equipe foi acionada pelo Corpo de Bombeiros por volta das […]

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Uma ambulância do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) atropelou acidentalmente uma vítima de um acidente de trânsito, na madrugada desta segunda-feira (13), na BR-163, a 16 quilômetros de Campo Grande.

De acordo com o coordenador do Samu de Campo Grande, Eduardo Cury, a equipe foi acionada pelo Corpo de Bombeiros por volta das 1h29, com informações que um veículo havia colidido em uma motocicleta e o condutor da moto estava em estado grave.

A vítima identificada como Paulo Freitas Tavares Arruda, de 20 anos, foi socorrida pela população que passava pela rodovia, que acionou o atendimento médico. Quando o Samu chegou ao local, não conseguiu parar a tempo e acabou atropelando Arruda. Após o incidente, o jovem foi encaminhado para a Santa Casa da Capital, onde precisou passar por uma neurocirurgia.

Causa

Segundo Cury, vários problemas levaram ao incidente. “Primeiro a informação era de que a vítima estava a 5 quilômetros antes do posto da PRF (Polícia Rodoviária Federal), mas na verdade ela estava 5 quilômetros depois”, diz Cury “A 163 é muito escura e mal sinalizada, não tem faixas refletivas, quando o motorista percebeu já estava muito em cima”.

Além disso, o médico afirma que a sinalização feita pela população não foi suficiente para alertar o motorista, em virtude da escuridão no local.

“Segundo a associação brasileira de medicina do tráfego e o Detran (Departamento Estadual de Trânsito) é preciso sinalizar o ocorrido a uma distância compatível com a velocidade permitida na rodovia, no caso da BR-163, deveria ser sinalizado a 100 metros antes de onde a vítima estava ”, explica e lembra que na ocasião, a população sinalizou a apenas 2 metros de distância.

“Havia cerca de 10 pessoas na rodovia, quando o condutor da ambulância percebeu precisou fazer uma decisão, ou desviava, ou atropelava essas pessoas, é uma situação muito difícil”, ressalta.

Cury afirmou que a ambulância não passou por cima do jovem, já que ele não apresentava fraturas que comprovem isso. “O que posso garantir é que vamos investigar, em respeito à família, a vítima e a própria equipe. Precisamos saber se causamos o agravamento do seu estado de saúde, mas agora a prioridade é a vida dele”.

Toda a equipe envolvida no acidente está passando por acompanhamento psicológico, pois estão muito abalados com o ocorrido. Paulo passou por cirurgia e permanece na UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) da Santa Casa, mas seu quadro de saúde é estável.

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