Juiz arquiva processo sobre acidente que matou nora de Cabral e mais 6
Foi arquivado o processo sobre o acidente com o helicóptero que matou sete pessoas – entre elas a namorada do filho do governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB) – em 17 de junho de 2011, em Trancoso, distrito de Porto Seguro, sul da Bahia. O juiz da Vara Crime de Porto Seguro, André […]
Arquivo –
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Foi arquivado o processo sobre o acidente com o helicóptero que matou sete pessoas – entre elas a namorada do filho do governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB) – em 17 de junho de 2011, em Trancoso, distrito de Porto Seguro, sul da Bahia. O juiz da Vara Crime de Porto Seguro, André Marcelo Strogensky, afirmou nesta quarta-feira que decidiu há dois dias pelo arquivamento porque o único responsabilizado pela queda do helicóptero foi o piloto Marcelo Mattoso, indiciado por homicídio culposo.
Segundo disse o magistrado nesta quarta-feira, a decisão de arquivamento será publicada no Diário Oficial da Justiça até esta quinta-feira. “Estou juntando outras decisões para serem publicadas junto”, afirmou Strogensky, que diz ter seguido a mesma opinião do delegado do caso, Ricardo Feitosa.
Entre as razões do indiciamento estão o fato de o piloto estar voando com a licença vencida desde 2005, permitir a embarcação de sete pessoas, quando o limite eram seis, e não avaliar as condições climáticas do voo. “A família das vítimas pode entrar com processo contra o espólio do piloto”, afirmou o juiz.
Pelo fato de o piloto estar voando com a licença vencida, a União pode também ser processada, de acordo com o Strogensky, já que faltou fiscalização por conta dos órgãos competentes. Segundo as investigações, Mattoso não levou em conta as condições na hora do voo, feito numa noite com chuva e neblina.
A queda do helicóptero fez vir à tona as relações do governador do Rio com o empresário Eike Batista, que emprestou seu jatinho para que Cabral fosse para Porto Seguro, e com o dono da Construtora Delta, Fernando Cavendish, cujo aniversário motivou à época a viagem do governador com sua família à Bahia.
O helicóptero, que pertencia a Cavendish, caiu na primeira viagem que faria entre o aeroporto de Porto Seguro e um resort de luxo que tinha entre os sócios o piloto Marcelo Mattoso. Cabral não foi porque não cabiam mais passageiros na aeronave – embarcaram apenas as mulheres e crianças do grupo.
Além de Mattoso, morreram Mariana Noleto, 20 anos, namorada de Marco Antônio Cabral, filho de Sérgio Cabral; a mulher de Cavendish, Jordana Kfuri Soares, 31 anos, e o filho dela, Luca Kfuri de Magalhães Lins, 3 anos; Fernanda Kfuri, 35 anos, irmã de Jordana; Gabriel Kfuri Gouveia, 2 anos, filho de Fernanda; e a babá Norma Batista de Assunção.
Depois do caso, as relações de Cabral e também de secretários do Estado do Rio com Fernando Cavendish acabaram virando alvo de investigações por parte do Ministério Público fluminense. Cavendish também foi alvo de investigação da Polícia Federal, por conta de suposta participação no esquema do bicheiro Carlinhos Cachoeira.
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