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Trânsito

Jovens de Nova Andradina raspam cabeça em homenagem a vítima de acidente

Dez integrantes da Igreja Sara Nossa Terra de Nova Andradina, entre eles, duas mulheres, resolveram raspar suas cabeças em sinal de solidariedade à jovem Thamara Galdino Macedo de 21 anos, que, após sofrer acidente de trânsito, no dia 23 de março, precisou ter seus cabelos raspados pela equipe médica devido a um ferimento na cabeça. […]
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Dez integrantes da Igreja Sara Nossa Terra de , entre eles, duas mulheres, resolveram raspar suas cabeças em sinal de solidariedade à jovem Thamara Galdino Macedo de 21 anos, que, após sofrer acidente de trânsito, no dia 23 de março, precisou ter seus cabelos raspados pela equipe médica devido a um ferimento na cabeça.

A vítima relatou por telefone ao Nova News, que ficou bastante abalada devido ao acidente. Ela trafegava pela região central de Nova Andradina, quando foi atingida por um motociclista, que segundo ela, estava sem camisa, sem capacete e de chinelos. Com o impacto, Tamara sofreu corte na cabeça, fratura em três pontos da bacia e escoriações pelo corpo.

Ela foi socorrida pelo Corpo de Bombeiros até o Hospital Regional Francisco Dantas Maniçoba, onde recebeu os primeiros atendimentos e teve a cabeça raspada para que a equipe médica pudesse cuidar do ferimento em seu couro cabeludo, que recebeu dez pontos. Após isso, ela foi transferida no dia 24 para o Hospital da Vida, em . Como não havia vaga disponível para internação, Tamara permaneceu no corredor do hospital por várias horas.

No dia seguinte (25), a jovem foi colocada em uma sala junto com outros cinco pacientes, três em macas e dois em cadeiras. Como não havia possibilidade de atendimento em Dourados, a jovem foi transferida, no dia 27, para um hospital de Campo Grande de onde foi novamente removida para outro hospital da Capital no dia 28, onde, finalmente, ela passou por procedimento cirúrgico na região da bacia.

Abalada com o acidente, com a autoestima em baixa por causa dos cabelos raspados, sentindo dores por causa da fraturas na bacia e preocupada pela falta de atendimento adequado, Thamara Macedo descreveu o intervalo entre a colisão, no dia 23 e seu retorno para casa no dia 30, como dias de muito sofrimento.

“O médico me disse que se eu ficasse mais um dia sem fazer a cirurgia, teria sérias complicações com possibilidade de vir a óbito, pois o osso quebrado havia machucado vários tecidos e o sangue que se acumulou no local já estava em processo de decomposição”, revelou.

Como a cirurgia pelo Sistema Único de Saúde (SUS) havia sido marcada apenas para o dia 14 de abril, Thamara foi submetida a atendimento particular. O custo do procedimento foi de R$ 16 mil, doados pelos seus ex-patrões, residentes em Nova Andradina. “Eles foram anjos em minha vida. Serei eternamente grata a estas pessoas especiais”, disse.

Após sua jornada em busca de atendimento médico ter chegado ao fim e apesar de estar se recuperando em casa, Thamara sentia-se constrangida pelo fato de estar sem seus cabelos. Ela chegou a dizer que não queria receber visitas, porém, a atitude de dez jovens de sua igreja lhe trouxe novo ânimo. Os colegas rasparam suas cabeças antes de ir visitá-la no sábado (30).

Segundo Marilene Rodrigues Prudêncio, de 16 anos, esta foi a forma encontrada para que sua amiga não se sentisse constrangida. “Thamara já fez tantas coisas por nós. Ela sempre esteve ao nosso lado em todos os momentos então não poderíamos deixá-la se sentir sozinha em uma hora destas”, afirmou Marilene, ao dizer que não se importa com a opinião de outras pessoas. “Não ligo para o que vão falar de mim na rua ou na escola, o que importa é que meu coração está feliz com meu gesto. Queria fazer muito mais por ela”, explica.

Segundo Pedro Henrique, outro membro da igreja, foram oito rapazes que rasparam totalmente a cabeça e duas moças que rasparam a parte lateral dos cabelos. Ele conta que a iniciativa partiu dos próprios jovens, como forma de igualar a Thamara, que se sentia fragilizada naquele momento. “Os cabelos vão crescer todos juntos, afinal somos iguais”, afirmou ao revelar que o grupo recebeu o apelido de “Pinducas de Cristo”, em alusão à marca de farinha de mandioca que traz na embalagem o desenho de um menino careca.

Thamara disse que se surpreendeu e se emocionou com a atitude dos colegas. “Eles chegaram para me visitar, ai olhei e vi que todos estavam com as cabeças raspadas. Perguntei o motivo e eles logo me responderam que queriam ficar iguais a mim. Nesta hora a emoção e as lágrimas tomaram conta de todos”, conta ela.

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