O garçom do bar Barbaquá Anauri Ivarras de Souza, que, junto o colega do mesmo bar, Carlos Henrique Nunes, foi atropelado pelo médico William Ivan Myiazato na madrugada de domingo (8), reclamou da libertação do médico pela justiça. “Se fosse alguém menos favorecido estaria preso”, declarou.

Myiazato pagou fiança de R$ 8 mil reais para sair da cadeia. Ele estava bêbado quando acertou a moto dos dois trabalhadores que voltavam para casa ao final do expediente na casa noturna.

Anauri recebeu alta e deixou a Santa Casa no final da tarde de ontem (08) e agora está em Sidrolândia, de repouso, com a família. O garçom não quebrou nenhuma parte do corpo, mas disse estar com o corpo todo travado por conta da pancada. Ele contou que a maca em que ele estava na Santa Casa não tinha nem colchão.

O garçom disse lembrar de todo o acidente e revelou que o médico só freou o carro depois de atingir a moto dos funcionários do Barbaquá.”Ele tentou pegar um táxi para ir embora também”. Anauri ressaltou que a garrafa de uísque que estava no carro de William estava cheia. ”É mentira o que passou na televisão, que a garrafa tava vazia, eu vi”.

Por fim, Anauri reclamou do descaso do médico e da família após o acidente. “Ninguém me ligou, veio atrás nem nada. Só hoje que a família dele foi ao meu trabalho dizer que se precisasse de alguma coisa era só falar. Mas ontem, ninguém deu as caras”.

Anauri dará depoimento na tarde de terça-feira (10) sobre o caso, em Campo Grande, na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitária) do centro.