Neste sábado (9), familiares e amigos do soldado da PM Gilliard Félix da Silva, morto em um acidente de trânsito em março deste ano, realizam uma passeata em Campo Grande, contra a impunidade dos condutores que matam ao volante. A concentração do movimento será feita na Praça do Rádio Clube, a partir das 7h30, com saída às 8h. O evento conta com o apoio das campanhas “Não Foi Acidente” e “Viva Vitão”.

Ao final do protesto, assinaturas serão coletadas para o Projeto de Lei 5568/2013, proposto pelo movimento “Não Foi Acidente”. Para assinar é necessário ter em mãos o número do título de eleitor.

Com o slogan “Uma caminhada pela Vida. Não Foi Acidente”, os manifestantes irão homenagear as vítimas dos crimes de trânsito, e relembrar casos como o do soldado do 9º Batalhão da PM. O objetivo é mobilizar famílias que estão na mesma situação e cobrar o fim da impunidade dos crimes cometidos no trânsito. Segundo os organizadores da passeata, o percurso será curto, mas cortará importantes ruas do centro da Capital.

A organização do evento pede que as pessoas que perderam parentes no trânsito levem fotos das vítimas. Aqueles que já sofreram algum acidente ou que simplesmente apóiam a causa também estão convidados. Os integrantes do movimento solicitam que as pessoas participem se puder usando uma peça de roupa na cor branca, como símbolo do apelo por paz no trânsito e justiça as vidas que foram interrompidas de forma violenta.

Impunidade

Com audiência marcada já para o mês de novembro, a família do PM Gilliard Félix luta para que o acusado, Edson Moreira, pague pelo crime cometido. Hoje, Moreira segue em liberdade. Segundo a família da vítima, a justiça concedeu o habeas corpus ao réu após nove dias do falecimento do soldado.

Conforme o boletim de ocorrência, Moreira estava embriagado e com concentração de 1,04 mg/L de álcool no sangue. A soltura foi concedida pela desembargadoria, por meio de pedido da defensoria pública, sob a alegação que o indivíduo não tinha condições de pagar fiança, exigida em lei.

Indignados com a impunidade e com a falta de rigor nas leis do Código de Trânsito, familiares e amigos da vítima resolveram unir forças para fazer uma passeata. “Essa não é a primeira perca da família. Em 2007, perdi um tio em um crime de trânsito. A motorista bateu de carro na bicicleta dele. Na época, ela estava com CNH provisória, que não foi apreendida. A mulher também está solta. Estou cansada de esperar por uma justiça que nunca acontece. A passeata é para chamar a atenção do poder público, principalmente do legislativo e judiciário”, afirma a irmã do PM, Aline Peixoto Lira.

Serviço:

Caminhada pela Vida

Local: Praça do Rádio Clube

Data: 09/11 (sábado)

Horário: 7h30 (concentração) e 8h (saída)

Trajeto: Rua Padre João Crippa, Av. Afonso Pena, Rua 14 de julho e retorno à praça pela Rua Barão do Rio Branco.