Alta velocidade, embriaguez e outros tipos de imprudências são os fatores que causam mais de 95% dos acidentes de trânsito, sejam eles graves ou não, é a opinião unânime da Batalhão de Polícia Militar (BPtran), Corpo de Bombeiros e Serviço Móvel de Urgência (Samu).

De acordo com a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), 83 pessoas já morreram esse ano, vítimas de homicídio doloso (quando não há intenção de matar) em acidentes de trânsito em Campo Grande.

Já no estado, são 358 pessoas que perderam suas vidas em acidentes com circunstâncias parecidas. No interior, 275 pessoas morreram devido acidentes.

Na tarde desta sexta-feira (29), acadêmicos do curso de medicina da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), que fazem parte da Liga do Trauma (estágio no Upa Coronel Antonino e Pronto Socorro da Santa Casa), fizeram uma blitz educativa na avenida Afonso Pena com a Bahia.

“Em conversa com pacientes, percebemos que muito dos acidentes podem ser evitados”, diz o estudante de medicina Lucas Venega dos Santos, 21.

“Dados do Detran (Departamento Estadual de Trânsito), já apontam que o uso de celular passou o número de acidentes causados por álcool”, diz o médico do Samu, André Barros.

“Têm acidentes por falha mecânica, é muito raro, 90% de acidentes são causados em cruzamentos, ou seja, alguém não respeitou as leis de trânsito, ou as duas partes contribuíram para o acidente. Na maioria, não acontece acidente sem infração”, argumenta o soldado Ígor da Bptran.

“Acredito que mais de 95% dos acidentes são causados por imprudência, falha mecânica é muito raro. E nos acidentes mais graves, geralmente são causados por alta velocidade”, conta o capitão Marçola dos bombeiros.

No último dia 18, Rita da Silva Soares, 67 anos, foi atropelada por um Siena, na rua Paulo Coelho Machado, em frente ao Shopping Campo Grande.

De acordo com testemunhas, a idosa estava atravessando a rua quando sofreu o impacto do veículo, que estava descendo sentido avenida Afonso Pena. Rita morreu no local.