O grave acidente sofrido por Michael Schumacher colocou em evidência os riscos da prática de esqui – o ex-piloto de Fórmula 1 David Coulthard chegou a dizer que o esporte de neve é estatisticamente mais perigoso que o automobilismo. No entanto, Stefano Arnhold, presidente da Confederação Brasileira de Desportos na Neve (CBDN), declarou que a modalidade não é arriscada, desde que seja respeitada a sinalização universal de segurança e os praticantes utilizem os equipamentos corretamente.

O ex-piloto alemão esquiava com o filho no último domingo em uma pista não demarcada de uma estação nos Alpes franceses quando sofreu um acidente e bateu com a cabeça em uma pedra. Schumacher está internado em estado crítico em um hospital na cidade de Grenoble, em coma induzido e risco de morte.

“Fatos como o lamentável acidente do Schumacher levam as pessoas a serem mais cuidadosas, não apenas no esqui alpino, mas também em outras modalidades esportivas”, afirmou Arnhold.

“As pistas de todo o mundo têm sinais específicos de segurança: as cores azul e verde são indicadas para iniciantes, enquanto a vermelha e preta são recomentadas para os mais experientes. Não há uma tendência de aumentos em acidentes de esqui, que em si não é um esporte perigoso”, acrescentou o dirigente.

Arnhold deu ainda mais dicas para a proteção durante a prática do esporte na neve. “O cuidado com os equipamentos também é importante, desde a escolha do material até o seu manuseio e manutenção. Um capacete que é deixado cair ou que sofre forte impacto não deve ser mais utilizado”, informou.

“No caso do esqui alpino, o esquiador turista ou eventual não deve nunca deixar as áreas de pistas demarcadas e apenas se aventurar fora se acompanhado de um profundo conhecedor do local”, finalizou Stefano Arnhold.