Ontem o delegado Pedro Caravina ouviu o motorista que descarregou um dos produtos reagentes no tanque da empresa

A Polícia Civil de Bataguassu abriu inquérito do caso da explosão ocorrida ontem (31) no frigorífico Marfrig e ouve nesta quarta-feira (1) os funcionários que auxiliaram o depósito do gás, o técnico de segurança e o engenheiro da empresa. Posteriormente, serão ouvidas também todas as vítimas que receberam alta do hospital.

Ontem a polícia ouviu o motorista tercerizado que descarregou o produto no tanque do frigorífico. De acordo com o delegado Pedro Caravina, o motorista relatou que fez o descarregamento conforme foi orientado pelos funcionários da empresa.

No depoimento, o motorista contou que cinco minutos após iniciar o procedimento, ele sentiu um cheiro estranho e na hora fechou a mangueira que libera o gás, mas a reação já havia atingido as pessoas que estavam dentro do frigorífico. Ao perceber o ocorrido, ele saiu correndo. 

Ainda ontem foi feita a perícia no local e o recolhimento de material. A polícia tem 30 dias para mandar o resultado do inquérito para o judiciário.

Caso

De acordo com o Corpo de Bombeiros, a explosão ocorrida no frigorífico Marfrig nesta terça-feira (31) foi ocasionada pelo o vazamento de gás Sulfídrico. Um caminhão descarregava um ácido em um tanque com outro produto, quando houve a reação química no recipiente, provocando grande volume do gás.

O técnico responsável da empresa afirmou aos bombeiros que o produto descarregado no curtume servia para retirar pêlos de couro de gado.

O acidente envolveu 22 funcionários, dos quais quatro morreram na hora por intoxicação e três permanecem internados na Santa Casa de Presidente Prudente, interior de São Paulo.