O Japão aprovou neste sábado a retomada de operações com energia nuclear em dois reatores, apesar de grande oposição da população, na primeira reativação depois que todas as usinas nucleares foram desligadas logo após o acidente de Fukushima.

O primeiro-ministro Yoshihiko Noda, cujas taxas de popularidade têm caído, atrasou a reativação por algum tempo. Ele anunciou a decisão do governo em reunião com seus principais ministros, dando o sinal verde para os dois reatores operados pela Kansai Electric Power Co, em Ohi, a oeste do Japão.

A decisão, apesar das preocupações do público quanto à questão de segurança, após o terremoto seguido de tsunami na usina de Fukushima, pode abrir a porta para novas reativações entre os 50 reatores de energia nuclear do Japão.

“Não há algo como uma pontuação perfeita quando se trata de passos para prevenção de desastres”, disse o ministro do Comércio Yukio Edano, em coletiva de imprensa após o anúncio.

“Porém, com base no que aprendemos do acidente de Fukushima, as medidas que precisam ser tomadas com urgência foram endereçadas, e o nível de segurança foi consideravelmente reforçado (na unidade de Ohi)”, disse ele.