Sindicato dos Trabalhadores Condutores de Motocicletas (Sinpromes/MS) quer ajuda do Governo Federal para financiar os custos que os motoentregadores de Mato Grosso do Sul terão com as mudanças obrigatórias nas motocicletas. Em Campo Grande existem em torno de 1.000 motoentregadores.

O Sindicato dos Trabalhadores Condutores de Motocicletas (Sinpromes/MS) quer ajuda do Governo Federal para financiar os custos que os motoentregadores de Mato Grosso do Sul terão com as mudanças obrigatórias nas motocicletas impostas pela regulamentação do Conselho Nacional de Trânsito (Contran) que vale a partir de agosto.

Em outros estados, como São Paulo, e no Distrito Federal, a categoria recebeu ajuda oficial.

Já no caso dos trabalhadores de empresas particulares, o sindicato acredita que a própria empresa terá que fazer o investimento nas mudanças.

As novas exigências para o transporte são equipamentos de proteção para pernas e motor, aparador de linha e dispositivo de fixação permanente ou removível para o passageiro ou cargas.

Além disso, o motociclista deverá ter no mínimo 21 anos, possuir habilitação na categoria “A”, por no mínimo dois anos e ser aprovado em curso especializado. As motocicletas ainda devem passar por inspeção veicular de segurança a cada seis meses.

Os motociclistas profissionais terão até o dia 4 de agosto de 2011 para se adequarem às normas da resolução 356 do Contran e dos demais requisitos da lei 12.009. De acordo com o presidente do sindicato, Luiz Carlos Escobar, o custo aproximado para cada motoentregador será em torno de R$ 1 mil.

De acordo com o sindicato, as mudanças serão boas para a profissionalização da categoria, ele cita como exemplo o número de acidentes envolvendo motos. “A mudança vai servir para visualizar o trabalhador do motociclista, hoje existem muitos acidentes envolvendo moto, só que se forem ver nos acidentes quase em nenhum envolve profissional”.

“Esses acidentes na rua, não são motoboys, é tudo gurizada”, concorda o motoentregador Carlos Alexandre da Silva, 24, que trabalha com entregas há 5 anos.

Outro ponto citado pelo sindicato é em relação à falta de campanhas de conscientização sobre o período e as mudanças que devem ser feitas. “Até hoje MS e Campo Grande não fez nenhuma campanha, quando sai uma matéria ligam 100, 50 motoentregadores para saber a respeito”, diz Luis. Em Campo Grande existem em torno de 1.000 motoentregadores.