Esportistas alertam sobre os cuidados que devem ser tomados na região para evitar acidentes

Considerado um atrativo turístico de Campo Grande, o Inferninho é cenário para muitas atividades de lazer, como a prática do rapel, além de despertar o interesse e a curiosidade dos admiradores da natureza, atraídos pelas belezas que compõem o visual.

Porém, por se tratar de um local com alturas elevadas, cachoeira, pedras, o Inferninho também passou a ficar conhecido como um lugar de alto índice de acidentes. O último caso ocorreu neste domingo (11), quando uma mulher caiu e faleceu.

Junto a um grupo de amigos, o empresário Vinícius Santa Bárbara, de 27 anos, praticou por muito tempo rapel no Inferninho e conta que sempre respeitou os limites que a própria natureza impõe. “Às vezes chegam uns curiosos lá e já querem descer, mas tem que ter treinamento antes, saber como segurar a corda, fazer manutenção dos equipamentos”, diz.

Para ele, o que mais ocasiona acidente é a falta de prudência das pessoas. “Não acredito que exista falta de segurança do local, aquilo não foi construído, é algo natural. Já vi muita gente se debruçar no abismo, segurando em galhos de árvores, para tirar fotos”, ressalta Vinícius.

O jovem ainda destaca a importância do acompanhamento de profissionais no rapel. “Sempre íamos com instrutores, que além de acompanhar as descida, nos forneciam equipamentos e técnicas”.

Ponto turístico

Apesar de ser visto como um ponto turístico, o Inferninho está dentro de uma área privada e não pertence ao Município. Portanto, não cabe à Prefeitura intervir em casos ocorridos no local.

De acordo com Wantuyr Tartari, diretor do departamento de Turismo da Prefeitura, o Inferninho é divulgado por conta do potencial turístico, mas ressalta que não é propriedade da Prefeitura. “Não podemos comercializar como um ponto de turismo, apesar de ser aberto, não é nosso”, diz.

Embora já tenha sido cogitada a possibilidade de uma desapropriação da área, membros da Secretaria de Turismo garantem que “o processo não acontece tão rápido”.

A identidade do proprietário da área foi preservada e não foi possível entrar em contato com ele.