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Polícia

Suposta vítima teria simulado roubo por grupo de Razuk, diz delegado à Justiça

Neno Razuk prestou depoimento em março deste ano
Thatiana Melo -
Máquinas apreendidas por policiais do Garras, em uma casa no Monte Castelo (Divulgação)

O delegado Fábio Brandalise, da Derf (Delegacia de Roubos e Furtos), em depoimento à Justiça, afirmou que uma das supostas vítimas de roubos de malotes do jogo do bicho mentiu sobre a ação criminosa, que teria sido praticada pelo grupo que seria comandado pelo deputado Roberto Razuk Filho (PL), em 2023, na briga pelo controle do jogo do bicho em

Durante seu depoimento, que durou cerca de 38 minutos, o delegado disse achar muito estranho a vítima, identificada como Ricardo, só registrar a ocorrência de roubo nove dias depois do crime. Brandalise falou que durante a análise de boletins de ocorrência, foram detectados inicialmente dois BOs com atuação atípica.

“Crimes aparentemente cometidos pelo mesmo grupo”, disse o delegado em depoimento. Brandalise ainda relatou que durante as investigações foi confirmado que as ocorrências registradas na especializada tinham ligação com a apreensão de máquinas feitas por equipes do Garras no Monte Castelo. 

Ainda conforme o delegado, a vítima, Ricardo, foi até o QG no Monte Castelo e lá foi combinado o suposto assalto. “A vítima acordou com o roubo, saindo de casa para fazer os recolhes das apostas, sendo roubado e logo após o roubo voltou a residência, de onde recebeu parte do dinheiro roubado”, disse Brandalise. 

“Ficou claro indicado no inquérito não se tratar de um roubo, e sim de uma ação combinada”, afirmou o delegado. Na Derf, foram registrados três boletins de ocorrência de roubo a malotes do jogo do bicho. 

O processo está na fase de alegações finais. Neno prestou depoimento no dia 10 de março deste ano, na segunda audiência da ‘Operação Sucessione’ no Fórum de Campo Grande. A audiência teve duração de aproximadamente 20 minutos. A primeira audiência do caso ocorreu em novembro de 2024.

Roubo de malotes

Três boletins de ocorrência foram registrados por roubo destes malotes, e duas das três vítimas teriam reconhecido o sargento da PMMS (Polícia Militar de ) como autor dos assaltos.

Nas três ocasiões, segundo os registros, o sargento teria usado uma pistola, ameaçado e intimidado os apontadores, na tentativa de fazê-los mudar de lado. Citando o nome do suposto interessado em assumir o jogo do bicho em Campo Grande, o policial da reserva sempre deixada um ‘recado’ ameaçador.

Na casa onde as máquinas foram apreendidas, uma pistola foi encontrada. A investigação das máquinas encontradas está a cargo do Dracco (Departamento de Repressão à Corrupção e ao ). Além do sargento, um major aposentado da Polícia Militar também foi flagrado na residência.

A disputa pelo jogo do bicho em Campo Grande, que estaria sob o comando de um grupo de outro estado, teria envolvimento de servidores públicos da Sejusp (Secretaria de Justiça e Segurança Pública de Mato Grosso do Sul). O grupo rival teria assumido a Capital logo após a Operação Omertà desmantelar o grupo que mantinha a contravenção em Campo Grande. 

Este grupo rival, logo após assumir, teria ‘comprado’ rivais para que não se instalassem na Capital. Agora, o grupo que lidera a região de de Mato Grosso do Sul tenta tirar do grupo rival o controle do jogo do bicho campo-grandense. 

Após a Omertà, um relatório foi entregue com uma lista de novos possíveis grupos que poderiam tentar entrar no Estado, no domínio do jogo do bicho. O relatório foi entregue ao Dracco, que cuida das investigações sobre organizações criminosas.

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