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Polícia

‘Snow’: Preso em condomínio de luxo disse que comprou arma há 10 anos, após sofrer tentativa de homicídio

Segunda fase da operação foi deflagrada na quarta-feira (15) pelo Gaeco em Campo Grande
Mirian Machado -
Equipes durante cumprimento dos mandados da segunda fase da operação. (Foto: Madu Livramento, Midiamax)

Emerson Correa Monteiro, de 38 anos, empresário, preso na quarta-feira (15) durante a segunda fase da Operação ‘Snow’ do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao ), disse que comprou as armas para se proteger.

Em depoimento na delegacia ele disse que mora sozinho, e que tem renda mensal de R$ 50 mil. Apesar de informar não ter passagens pela polícia, ele é réu pelo homicídio que vitimou Wellingson Luiz de Jesus Reynaldo Felipe, em uma casa de shows no Jardim Parati, em Campo Grande, em 2016.

Sobre as armas apreendidas na casa dele durante a operação, ele disse que comprou há 10 anos, mas não lembra o valor, nem de quem comprou. 

Disse que as adquiriu, pois há 12 anos sofreu uma tentativa de homicídio.

Foram apreendidos na residência, 2 gramas do entorpecente MD e 3 comprimidos de ecstasy. Segundo ele, a droga era para consumo pessoal.

Assassinato ocorreu em fevereiro de 2016 em Campo Grande.

Assassinato em 2016

O crime pelo qual Emerson responde vitimou Wellingson Luiz de Jesus Reynaldo Felipe no fim da tarde do dia 9 de fevereiro de 2023. Na época, foi revelado pela polícia que o motivo do homicídio teria sido um desentendimento entre Anderson Anderson Delgado Martins – também réu – e a vítima em 2013, ano em que eles eram amigos e comparsas em crimes na Capital.

De acordo com a denúncia do MPMS (Ministério Público de ), naquele 9 de fevereiro, Emerson e Anderson teriam ido até a casa de shows com armas de fogo. De moto, a dupla chegou ao local, se apresentou para ser revistada pelos seguranças e sacou as armas.

Logo, os acusados teriam apontado a arma para os seguranças e dito: “Não é com vocês! Saiam daqui”. Depois, enquanto Anderson ficou na portaria rendendo os seguranças, Emerson teria adentrado a casa de shows. 

Assim que viu Wellingson, o acusado teria efetuado diversos disparos de arma de fogo e fugido do local. Wellingson não resistiu aos ferimentos e foi a óbito. 

Dias depois do crime, Anderson se apresentou à polícia e confessou o assassinato. Na época, ele se apresentou acompanhado de um e entregou a pistola Taurus 9mm, que afirmou ter comprado por R$ 3,5 mil.

(Madu Livramento, Midiamax)

Outros 8 investigados foram presos pelo Gaeco

Além de Emerson, oito pessoas foram presas durante o cumprimento dos mandados nesta quarta-feira (15). Entre elas está a esposa do empresário Rodney Gonçalves Medina – preso desde a primeira fase da operação deflagrada em março do ano passado contra uma quadrilha que usava viaturas da polícia para transportar cocaína.

A mulher de 33 anos estava em casa, quando foi abordada por equipes do Gaeco, com apoio do Batalhão de Choque da PM (Polícia Militar) no Loteamento Rancho Alegre, em Campo Grande. Na ocasião, os dois filhos do casal estavam no imóvel. Horas após a prisão, a defesa dela entrou com pedido de revogação. Isso porque o advogado Antonio Cesar Jesuino, que representa a defesa da mulher, alegou que ela é mãe de duas crianças, de 3 e 10 anos.

Do outro lado da cidade, no Portal Caiobá, os policiais viram que tinha um único acesso e após várias tentativas de contato, entraram. O homem foi localizado no quarto. Contra ele havia um mandado de busca e apreensão e um mandado de prisão.

Durante buscas na casa, foi encontrado na gaveta do seu armário, um revólver calibre 38, com seis munições intactas e em outro cômodo 10 munições de revólver calibre 357, também intactas. Ele foi preso e encaminhado para a 6ª Delegacia de Polícia Civil, assim como a arma e as munições.

Operação Snow

A Operação ‘Snow’, que está na segunda fase, deflagrada nesta quarta-feira (15) cumpre, além dos 9 mandados de prisão temporária, outros 19 de busca e apreensão. As ações ocorrem em Campo Grande, , e Piratininga, em São Paulo. Entre os alvos estão advogados e policial civil

Equipes do Batalhão de Choque e o Batalhão de Operações Policiais Especiais, prestaram apoio operacional ao Gaeco. A OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) e a Corregedoria da Polícia Civil também acompanharam as diligências.

A primeira fase da operação aconteceu em março de 2024 a partir da análise do material apreendido, especialmente telefones celulares, revelou que ao menos outras 17 pessoas integram a organização criminosa, alvo dos trabalhos, entre os quais advogados e policial civil.

O líder da organização criminosa monitorava investidas da polícia e cooptava servidores públicos corruptos, o que era feito por meio de advogados.

Os advogados, além da prestação de serviços jurídicos, cooptava agentes públicos para conseguir informações privilegiadas e monitoramento das cargas de drogas, além de serem conselheiros de outros assuntos sensíveis da organização.

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