Réu nega crime, mas é condenado a 13 anos de prisão por matar jovem em 2022 nas Moreninhas
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Sentou-se no banco dos réus nesta quarta-feira (19), Ryan Victório Alencar Silva, de 22 anos, vulgo ‘Amarelinho’, condenado pelo assassinato de Ronald Felipe Cavalheiro Cardoso, em 2022, no bairro Moreninhas, em Campo Grande. Ronald, na época, ficou internado na Santa Casa, mas não resistiu aos ferimentos.
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Na época dos fatos, Ryan, junto com um comparsa, conforme consta na denúncia, que seria Diego Felype Pereira de Jesus, foi até a Rua Jutaí em uma motocicleta para assassinar Ronald. O motivo da execução teria sido por vingança, visto que, dias antes do crime, eles teriam tido uma desavença. Ryan realizou 13 disparos, sendo que cerca de três atingiram a vítima, sendo um nas costas.
Durante o julgamento nesta manhã, Diego Felype – que seria o piloto da motocicleta – foi uma das testemunhas ouvidas e citou a disputa do tráfico de drogas na região, além de considerar Ryan inocente no homicídio.
“Na região das Moreninhas, é uma disputa pelo tráfico de drogas. Pelo que fiquei sabendo, foi lá na baixada, ali era conturbado, e quem mandava lá era o Ronald Felipe, ele era praticamente o chefe da baixada. A disputa foi pelo tráfico de drogas, todo mundo queria vender lá. Mas, só ele [Ronald] vendia lá, ele não deixava ninguém vender na região”, disse.
“Ele [Ryan] era um amigo muito próximo meu, se ele tivesse feito isso, teria me contado”, disse, tentando livrar o réu da condenação.
Réu nega crime e diz que foi coagido
Durante todo o julgamento, o réu negou o crime, alegando que teria sido forçado a admitir a execução, relatando que teria apanhado e sido obrigado a confessar. “No dia, eu estava na casa da minha ex-sogra, no bairro Pioneiros. Na delegacia, os policiais me forçaram a dizer os nomes, me bateram, confessei porque estava apanhando”, alegou o réu.
“Na primeira vez, que eu estava com advogado ao lado, eu não admiti. Aí, um mês depois, me buscaram na cadeia, eu estava sozinho, só tinha polícia, fizeram eu admitir”, complementou.
Ryan também destacou a fala de Diego sobre Ronald ser o “chefe do tráfico” da região. “Esse Ronald Felipe, ele era bravo, não era um santo, mas eu também não sou santo”, disse.
Condenação pelo homicídio
O defensor público que assistiu Ryan sustentou a negativa da autoria, além da inexistência de provas para a condenação, o afastamento das qualificadoras e a menor participação. Contudo, o conselho de sentença, por maioria dos votos, condenou o réu por homicídio com apenas uma qualificadora, a do recurso que dificultou a defesa da vítima.
Dessa forma, os jurados acolheram uma das teses da defesa na medida em que retiraram a qualificadora da torpeza, mas afastaram a tese da defesa da menor participação.
Por fim, o réu foi condenado a 13 anos e 4 meses de reclusão por homicídio qualificado e hediondo, em regime fechado. “No que toca ao status libertatis, deve permanecer preso até que eventualmente consiga progressão no juízo da execução penal, porquanto os requisitos da prisão preventiva permanecem indôneos”, diz parte da decisão.
Além disso, o réu deverá pagar uma indenização mínima aos familiares da vítima, a título de dano moral, no valor de R$ 10 mil.
Caso
Ronald foi socorrido em estado grave e encaminhado para a Santa Casa de Campo Grande, durante a madrugada de um domingo. Ao todo, foram disparados 13 tiros, sendo atingido por três.
Na época dos fatos, a mãe de Ronald relatou que a motivação teria sido uma desavença entre a vítima e a dupla, ocorrida dias antes.
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