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Polícia

Alvo de operação que bloqueou R$ 104 milhões das contas dos investigados enviava dinheiro para MS

Ex-agente penitenciário era fornecedor de drogas e armas, segundo a polícia
Layane Costa -
Viaturas do Dracco durante cumprimento dos mandados. (Foto: Reprodução, Polícia Civil)

A Polícia Civil do Espírito Santo divulgou o resultado final da Operação Baest, que bloqueou aproximadamente R$ 104 milhões das contas dos investigados. A operação ocorreu nos estados de , Espírito Santo, Paraná e Minas Gerais, no dia 14 deste mês.

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Em Mato Grosso do Sul, equipes do Dracco (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado) cumpriram mandados de busca e apreensão nas cidades de Eldorado, Dourados e Mundo Novo.

A operação teve como objetivo investigar a atuação de diversos indivíduos em crimes como lavagem de dinheiro, organização criminosa e tráfico de drogas.

Ao todo, nos quatro estados, foram cumpridos 25 mandados de busca e apreensão, 29 bloqueios de contas bancárias, totalizando aproximadamente R$ 104 milhões, além de 17 mandados de sequestro de bens móveis e imóveis.

Investigações

Segundo a Polícia Civil do Espírito Santo, as investigações se intensificaram no ano de 2022, quando foi instaurado um processo judicial que permitiu a análise de dados bancários.

A partir de então, foi identificada a existência de diversos núcleos criminosos, tendo ‘Baer’, ex-agente penitenciário, como ponto central de articulação. Esses núcleos eram compostos por pessoas sem vínculos diretos entre si, mas que atuavam principalmente na lavagem de dinheiro, utilizando diferentes técnicas.

O subsecretário de Estado de Inteligência, Romualdo Gianordoli Neto, explicou a origem da investigação: “Em 2021, realizamos uma ampla operação contra o Primeiro Comando de Vitória, a partir da análise de materiais do ‘Marujo’. Naquela ocasião, prendemos vários indivíduos, inclusive o fornecedor de drogas e armas, um homem de 21 anos, conhecido como ‘Baer’, ex-agente penitenciário. O ‘Marujo’ se comunicava com o ‘Baé’, mas quem estava abaixo dele não o conhecia. Por sua vez, o ‘Baé’ tinha seus próprios fornecedores, que o ‘Marujo’ também não conhecia. Ele mantinha diversos contatos nas fronteiras e enviava dinheiro para a Bahia e Mato Grosso do Sul, fato descoberto durante as investigações.”

Smurfing

O coordenador do Ciat, delegado Alan de Andrade, detalhou os métodos utilizados por eles. “Eram utilizadas várias técnicas de lavagem, principalmente envolvendo imóveis, veículos e a prática conhecida como ‘smurfing’. No caso dos imóveis, compravam um bem com valor real de R$ 1 milhão, mas declaravam apenas R$ 100 mil, formalizando toda a documentação com esse valor fictício. Com veículos, a prática era semelhante.”

Segundo Andrade, outra técnica identificada foi o smurfing, que consiste no fracionamento de depósitos para evitar a detecção automática. Depósitos acima de R$ 5 mil geravam alertas automáticos ao Coaf, então os envolvidos realizavam diversos depósitos de valores menores. Além disso, faziam lavagem de dinheiro por meio de títulos de capitalização, efetuando pagamentos em pequenos valores, que posteriormente eram reintegrados ao sistema financeiro sem levantar suspeitas”, explicou o delegado.

Operação em MS apreendeu veículos e celulares

Segundo explicou a delegada titular Ana Cláudia Medina, nas cidades sul-mato-grossenses foram apreendidos aparelhos celulares e um veículo. Durante o cumprimento de um dos mandados, foi verificado que o alvo da operação já havia se mudado do imóvel.

Além do Espírito Santo e de Mato Grosso do Sul, a operação também foi realizada no Paraná e em Minas Gerais. No total, foram cumpridos 25 mandados de busca e apreensão, 29 bloqueios de contas bancárias — que totalizam aproximadamente R$ 104 milhões — e nove imóveis foram bloqueados. Também foram apreendidos 12 veículos, sete armas de fogo, joias e criptomoedas. Ainda, uma embarcação foi bloqueada.

Operação Baest

De acordo com a Polícia Civil do Espírito Santo, a operação visa à descapitalização patrimonial e à desarticulação financeira de facções criminosas. O grupo criminoso alvo da operação estaria envolvido com o tráfico de drogas e a lavagem de capitais.

Durante as diligências, foram apreendidos diversos veículos de luxo, como uma Porsche Cayenne Coupé, avaliada em mais de R$ 800 mil, e uma Porsche Panamera 4 E, avaliada em mais de R$ 700 mil. Outros veículos, como um Jeep Commander Overland, avaliado em mais de R$ 180 mil, e uma RAM Rampage Laramie, avaliada em mais de R$ 200 mil, também foram apreendidos.

Além disso, foram recolhidas joias, relógios, pulseiras, cordões e obras de arte em mansões localizadas em Vitória, Serra, Vila Velha e Guarapari.

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