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Polícia

Bombeiras recebem extra de R$ 5 mil para atuar no Pantanal, mas são flagradas em Campo Grande

Imagens mostram bombeiras andando e conversando em quartel de Campo Grande, ao invés de combaterem incêndios no Pantanal
Thatiana Melo -
Bombeira foi filmada na sede da Costa e Silva, no mesmo dia em que deveria estar no Pantanal. (Reprodução, Fala Povo)

Bombeiros que deveriam estar no Pantanal, na cidade de , para o combate de fogo na região, convocados para a temporada de incêndios florestais, estão em Campo Grande. O Jornal Midiamax descobriu que pelo menos três militares convocadas não teriam viajado para a Cidade Branca. Uma denúncia foi protocolada no MPMS (Ministério Público Estadual).

A 3º sargento Daniela, Sinaya e a cabo Samya que estão na lista de convocados para a temporada de incêndios, deveriam ter saído de Campo Grande, no dia 20 de maio com retorno para o dia 6 de junho, conforme escala dos bombeiros, mas permaneceram na Capital. Pelo período de , as três militares receberiam o valor de R$ 5 mil cada. 

A cabo Samya foi flagrada nesta segunda-feira (26), no quartel da Costa e Silva, andando e conversando pelo local quando deveria estar em Corumbá, pela lista de convocação. Já a bombeira Sinaya estava na tarde de segunda (26) combatendo fogo, em um terreno na região da Avenida Gury Marques, enquanto a 3º sargento Daniela estava na base do Parque das Nações Indígenas.

Vídeo da bombeira Samya no quartel Costa e Silva, em Campo Grande, quando deveria estar em Corumbá

Na lista de convocações estão 84 militares que saíram de Campo Grande para Corumbá. Já de Corumbá com destino a , cinco militares foram convocados. De Campo Grande para Cassilândia, três militares foram convocados.

No total, 100 bombeiros foram convocados para atuar nas cidades de Porto Murtinho, Bela Vista, Costa Rica e Nova Casa Verde. Conforme informações obtidas pelo Midiamax pelos 15 dias de convocação cada militar receberia o valor de R$ 5 mil cada, o que seria um valor total de R$ 500 mil. 

Primeira imagem mostra convocação; segunda tabela aponta que elas permaneceram trabalhando em Campo Grande, mesmo recebendo diárias

Denúncia no MPMS

Uma denúncia no MPMS (Ministério Público Estadual) foi feita no dia 25 deste mês sobre o recebimento de diárias pelas militares que continuam em Campo Grande, sem deslocamento. A denúncia:

Denúncia registrada no MPMS

“Informo que o Militar está empenhando ações de prevenção, preparação e resposta aos trabalhos atinentes aos Incêndios Florestais. Devido isso militares são escalados conforme o Ciclo 4 – 20.05.2025 a 06.06.2025, estão destinados 84 (oitenta e quatro) militares para a cidade de Corumbá, mas infelizmente não vão todos sendo distribuídos conforme o Diretor de Proteção Ambiental (DPA), Coronel Rampaso, determina.

Os militares são distribuídos de forma injusta, pois existem militares privilegiados pelo Comandante Geral e o Subcomandante que é Diretor do DPA. 

A CB SAMYA  permanece na cidade de Campo Grande não deslocando para Corumbá e faz os serviços diários administrativos e o pior de tudo isso, recebendo diária como se tivessem na missão. Estava no quartel da Costa e Silva no dia 22 de maio de 2025, na guarnição de incêndio, comprovando mais uma vez que não se deslocou para Corumbá.

A CB SAMYA trabalha no Gabinete do Comandante Geral, como assessora de redes sociais, devido isso tem todos os privilégios e regalias e um sendo é participar dessa missão e recebendo diárias sem se deslocar.

O próprio SubComandante Geral informou para que os militares pudessem participar dessa missão devem tirar serviço operacional e ter feito o teste de aptidão física, mas a mesma não tira serviço operacional, com isso não cumprem a regra por ser protegida.

Os militares que realmente estão na linha de frente em Corumbá lutando pelo e cumprindo a missão vê essa situação e ficam desmotivados, pois estão longe da suas famílias e da sua casa e quanto essa militar está dorme todo dia na sua casa e recebendo diária. Esse período do ciclo a diária conforme ANEXO I DO DECRETO Nº 16.536, DE 26 DE DEZEMBRO DE 2024, valor de R$ 300 (trezentos reais). Conforme o ciclo, são 17 (dezessete) diárias chegando no valor de R$ 5.100,00 (cinco mil e cem reais).”

O Midiamax entrou em contato com a assessoria do Corpo de Bombeiros para saber sobre o caso, mas até a publicação da matéria não obtivemos resposta. O espaço segue aberto para futuras manifestações.   

Queimadas no Pantanal

Em março deste ano, o governo de Mato Grosso do Sul decretou situação de emergência ambiental pelos próximos seis meses. Neste período de emergência, o Imasul (Instituto de Meio Ambiente de MS) fica responsável pelo licenciamento da atividade de queima controlada e pode haver queima prescrita e preventiva.

O Pacto pelo Pantanal pretende investir R$ 1,4 bilhão na infraestrutura e conservação do bioma até 2030. O principal ponto do Pacto foi a criação do PSA (Pagamento por serviços ambientais), que vai remunerar produtores do Pantanal por preservação ambiental.

O Estado também anunciou que, neste ano, a Sejusp (Secretaria Estadual de Segurança Pública) vai investir R$ 34 milhões para que o Corpo de Bombeiros atue em todo o Pantanal. Serão 177 militares do distribuídos em 11 bases, com apoio de viaturas, embarcações e aviões.

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