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Polícia

‘Não mata uma mosca’: feminicida de mãe e bebê se escondia em ‘personalidade tranquila’ para conhecidos

Vanessa e Shopie foram estranguladas e tiveram os corpos carbonizados nessa segunda-feira
Layane Costa -
Vanessa e a filha Sophie. (Reprodução, Redes Sociais)

A forma brutal como mãe e filha foram assassinadas por um jovem descrito como ‘tranquilo’ chocou amigas de Vanessa Eugênia Medeiros, de 23 anos, e de Sophie Eugênia Borges, de 10 meses. As vítimas de foram estranguladas e tiveram os corpos carbonizados nessa segunda-feira (26), em .

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Ao Jornal Midiamax, Greicielly Letícia, de 22 anos, detalhou como era Vanessa. As duas se tornaram amigas quando começaram a trabalhar juntas, em 2023.

“Ainda não consigo acreditar, pois nunca imaginei que ele faria isso. Estou desolada. Ela era tranquila, amorosa e sempre tentava ver o lado bom das coisas. Uma ótima mãe, uma ótima amiga, doce, evitava brigas”, descreveu Greicielly.

Vanessa e Sophie foram mortas por um rapaz de 21 anos, considerado por muitos como uma pessoa ‘tranquila’. “Ninguém que o conhecia imaginava. Ele era o tipo de pessoa que você olhava e dizia: ‘Esse não mata uma mosca’. Mas é aí que você se surpreende”, relatou.

Contudo, as cenas descritas pelo delegado Rodolfo Daltro, da DHPP (Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa), revelam terror, frieza e tranquilidade por parte do autor do crime – que era pai e esposo das vítimas.

‘Me livrei de um problema’

Durante o interrogatório, o suspeito negou qualquer arrependimento e demonstrou total frieza, segundo o delegado Rodolfo Daltro. “Dormi melhor do que nunca, porque me livrei de um problema”, afirmou.

Sobre a motivação para o crime brutal, o suspeito declarou que não queria pagar pensão. “Eles estavam juntos há cerca de dois anos. A criança nasceu há 10 meses. E, há cerca de oito meses, após o nascimento, começaram a ter problemas. Ele se sentia muito atarefado com os cuidados com a criança, além de as despesas estarem muito altas. Não queria terminar o relacionamento para não ter que pagar pensão à ex-mulher em relação à bebê”, detalhou o delegado.

A frieza com que o suspeito demonstrou ao explicar a dinâmica do da companheira e da filha também abalou os policiais que atenderam o caso.

“(Ele) confessou prontamente, sem menor remorso, uma pessoa extremamente fria. Eu fiz questão de frisar com ele, se ele estava arrependido e ele disse ‘não estou arrependido, foi feito, estou bem’. Então é um caso que, para policiais há muito anos nesse trabalho, nos chocou”, revelou o delegado.

O homem foi preso em flagrante por feminicídio qualificado e destruição de cadáver. Ele passa por audiência de custódia nesta quarta-feira (28), onde o juiz deve decidir a manutenção de sua prisão.

Assassinato

“Total frieza! Ele relata que aplicou um mata-leão na esposa, com um pretexto de conversar sobre o relacionamento. Ele chamou ela até o quarto e ela deixou a criança na cama com uns brinquedos. Depois, ele a chamou para conversar sobre o casamento, ele deu um mata-leão, imobilizou pelos pés também, em seguida direcionou a criança e a enganou”, explicou.

Após matar a companheira e a filha, por volta das 16h, durante seu intervalo de almoço, o suspeito voltou ao trabalho normalmente nessa segunda-feira (26). Pois, segundo ele, o crime só seria descoberto após cerca de dois dias.

Assim que saiu do trabalho, por volta das 19h, passou em um posto de combustíveis, onde comprou R$ 16 em gasolina. Ao chegar em casa, enrolou Vanessa e a pequena Sophie em cobertores, colocou os corpos no porta-malas de um carro modelo Gol, de cor preta, e seguiu até a região do Indubrasil. Lá, ateou fogo nas vítimas.

Durante os trabalhos periciais, foi constatado que os pescoços das vítimas estavam fraturados, o que evidencia a brutalidade da agressão, de acordo com o delegado.

Local onde corpos foram encontrados. (Henrique Arakaki, Midiamax)

Crime planejado há dois meses

Após tomar conhecimento do crime, a polícia ouviu testemunhas na delegacia. Algumas delas relataram que o suspeito já vinha planejando o crime há cerca de dois meses, mas ninguém acreditava nas ameaças.

“Nós encontramos uma testemunha hoje que nos relatou que há cerca de dois meses ele disse: ‘Eu vou matar a minha mulher e meu filho’. Ele pediu para essa pessoa (explicar) se sabia como usar os nós para prender os pés e as mãos dela, porque pretendia matar as duas. Já naquele período ele pretendia queimar os corpos. Segundo as testemunhas, era tão absurdo o que ele falava que as testemunhas não ‘botavam fé’”, contou o delegado da DHPP.

Também foram apresentadas mensagens em que o suspeito dizia a uma testemunha que precisava carbonizar os corpos o quanto antes. “Ele falou: ‘Tenho que queimar logo os corpos porque eles vão começar a feder’”, detalhou Daltro.

Apesar do crime já estar sendo premeditado, o suspeito aparentava ser um pai amoroso nas redes sociais. Em sua biografia, se identificava como “pai da Sophie” e compartilhava fotos ao lado da filha e da esposa. A última publicação com Vanessa e Sophie foi feita no dia 10 de fevereiro.

As imagens publicadas contrastam com o crime bárbaro que tirou a vida de Vanessa e Sophie nessa segunda-feira (26).

Carro usado pelo suspeito para levar mãe e filha até o Indubrasil. (Foto: Layane Costa, Midiamax)

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