A lista da difusão vermelha da Interpol (Organização Internacional de Polícia Criminal) tem seis pessoas naturais de Mato Grosso do Sul. A lista, onde constam os 6.571 mais procurados do mundo, recebeu a inclusão da deputada Carla Zambelli (PL-SP) nesta semana.
Dos 15 nomes de sul-mato-grossenses que constavam na lista vermelha em 2022, hoje estão apenas seis. Entre eles, Juanil Miranda Lima, de 48 anos, apontado como um dos pistoleiros denunciados na Omertà. Ele é acusado de assassinato, recebimento de bens roubados e porte ilegal de arma de fogo.
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Segundo apuração do Jornal Midiamax, atualmente há 71 brasileiros na lista, sendo seis homens naturais de Mato Grosso do Sul, entre eles o campo-grandense Luis Antônio Varela da Silva, de 29 anos, acusado de tráfico, associação criminosa e porte ilegal de arma de fogo.
Em dezembro de 2020, o Jornal Midiamax registrou a prisão de Luis Antônio. Ele também foi apontado como um dos presos do PCC (Primeiro Comando da Capital) que fugiu do presídio paraguaio, na fronteira. O rapaz foi detido em Campo Grande e estaria revendendo armas de fogo na cidade. Com ele foram apreendidas quatro armas e várias munições.
Além dele, Lucas de Souza Dantas, de 28 anos, natural de Nova Andradina é procurado por tráfico de drogas. O sul-mato-grossense é um dos homens não identificados por fotos na lista vermelha.
Natural de Aral Moreira, a 359 quilômetros de Campo Grande, Ramão Anacleto Brites Davalo, de 51 anos, também está na lista desde 2022, sob acusação de tráfico internacional de drogas e organização criminosa. Também acusado de tráfico de drogas, Marcial Dário Acosta, de 46 anos, de Ponta Porã, é procurado pela Interpol.
Ainda aparece na lista vermelha, uma liderança do PCC. Claudinei Predebon, de 40 anos, natural de Fátima do Sul, é acusado de tráfico de cocaína. Ele foi preso em janeiro de 2022 pela PRF (Polícia Rodoviária Federal), no trajeto entre Santa Catarina e São Paulo.
Conforme relatado pela PRF, ele era considerado responsável pelo recebimento de droga no Paraguai e atuava com o próprio pai, Aldo José Marques Brandão, de quem seria ‘secretário’. Aldo, conhecido como ‘Sheik’, está preso em Campo Grande, condenado a 53 anos de prisão e apontado como ‘barão do tráfico internacional’. Ele foi detido pela Polícia Federal em 2016, na Operação Matterello.
Mato Grosso do Sul já não tem mais mulheres na lista da Interpol
Em 2022, Maria Ivonete Yamaguti Dutra, de 70 anos, era a única mulher de MS na lista vermelha. Natural de Bandeirantes, ela era procurada por furto contra entidade pública.
Já em 2025, não há mulheres sul-mato-grossenses na lista. Entre as procuradas, estão: Thaynara Caroline Santos Pereira, Heloísa Gonçalves Duque Soares Ribeiro, Maria Jussara da Conceição Ferreira, Marcia Liziane Costa Vieira, Rosirene Vieira, Silvana Seidler e, agora, a deputada Carla Zambelli.
Apesar de já estar incluída na lista da difusão vermelha, o nome da parlamentar ainda não está disponível no site.
A deputada Carla Zambelli foi condenada a 10 anos de prisão por invasão aos sistemas do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) e inserção de documentos falsos, como um mandado de prisão contra o próprio Alexandre de Moraes, no Banco Nacional de Mandados de Prisão.
Ela teria saído do Brasil na última terça-feira (3), pela fronteira com a Argentina. Já no dia seguinte, na quarta (4), a deputada estava na Flórida, nos Estados Unidas, de acordo com a assessoria.

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