Pular para o conteúdo
Polícia

Justiça pode excluir da Polícia Militar de MS tenente-coronel condenado na Máfia dos Cigarreiros

Admilson Barbosa teria recebido R$ 200 mil em propina para facilitar o contrabando
Gabriel Maymone -
Tenente-Coronel Admilson (Arquivo, Jornal Midiamax)

O MPMS (Ministério Público de ) ingressou com ação na Justiça pedindo a exclusão dos quadros da PMMS (Polícia Militar de MS) do tenente-coronel Admilson Cristaldo Barbosa. Ele foi condenado com a Máfia dos Cigarreiros a pena de 4 anos, 9 meses e 18 dias no regime semiaberto, com trânsito em julgado em fevereiro de 2022, ou seja, sem possibilidade de novos recursos.

Há um ano, sete presos na ação contra o grupo criminoso foram excluídos dos quadros da PM após decisões judiciais.

Assim, o MPMS lembra que a condenação de Admilson por passiva e promover, constituir, financiar e integrar organização criminosa cometidos entre abril de 2016 e maio de 2018. Tudo foi investigado no contexto da Operação Oiketicus.

Então, o MP aponta que “sua permanência nas fileiras da Polícia Militar representa um inegável risco à hierarquia militar, uma vez que se admitiria um criminoso como superior hierárquico de dezenas de Majores, Capitães e Tenentes, os quais devem ter como superior um exemplo íntegro e respeitável de policial militar”.

Atualmente, o tenente-coronel está na reserva da PM e recebe remuneração de R$ 31.688,71.

Em nota enviada à reportagem, o advogado Jail Azambuja, que defende o tenente-coronel, afirmou que a ação para exclusão do oficial da PM é ‘infundada e equivocada’. Confira na íntegra: “Em relação à representação referida na reportagem, a defesa do Tenente Coronel Admilson informa que o Ministério Público em 2º grau se equivocou, porque o policial militar ingressou com revisão criminal, na qual restou absolvido da acusação formulada, inclusive a revisão já conta com trânsito em julgado, a despeito do recurso do próprio Ministério Público. Portanto, a ação é absolutamente infundada e equivocada”.

Leia também – PM que recebeu R$ 200 mil em propina da máfia dos cigarreiros tem HC negado no STF

Máfia dos Cigarreiros

A primeira fase da Operação Oiketikus foi desencadeada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao ) e pela Corregedoria Geral da Polícia Militar em 2018.

Na operação, foram presos 29 policiais, que foram denunciados por corrupção passiva e organização criminosa, por integrarem a chamada Máfia dos Cigarreiros.

As investigações iniciaram em abril de 2017 e apontaram que policiais militares de Mato Grosso do Sul davam suporte ao contrabando, mediante pagamento sistemático de propina. Com isso, eles interferiam na fiscalização de caminhões carregados de cigarros.

Isso, para que não ocorressem apreensões de cargas e veículos. Os cigarreiros agiam associados desde o início de 2015, estruturalmente ordenados e com divisão de tarefas. As atividades eram desenvolvidas em dois grandes núcleos.

*Atualizada às 14h40 para acréscimo de nota da defesa do tenente-coronel Admilson

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais
assis

Deputado entra com ação para barrar recondução de Carlos Alberto de Assis na Agems

Mãe denuncia estagiário por importunação sexual a menina de 10 anos em Campo Grande

voluntario linchado por alimentar gatos de rua

Vizinhas lincham voluntário que alimenta animais de rua: ‘melhor remédio é veneno’

Populares encontram corpo de idoso caído ao lado de bicicleta em MS

Notícias mais lidas agora

Por dez dias, MPMS escapa de processo no Conselhão por inércia no caso JBS

congestionamento na BR-060

PRF orienta retorno e rotas alternativas para evitar congestionamento na BR-060 em Sidrolândia

voluntario linchado por alimentar gatos de rua

Vizinhas lincham voluntário que alimenta animais de rua: ‘melhor remédio é veneno’

TJMS lança canal de informações no WhatsApp

Últimas Notícias

Brasil

Moraes pede que defesa de Collor apresente documentos para embasar pedido de prisão domiciliar

Defesa do ex-presidente tem 48 horas para apresentar os documentos

Cotidiano

Posso tomar vacina de gripe e dengue juntas? Entenda quais vacinas podem ser coadministradas

Até 2024, o Ministério da Saúde recomendava a aplicação da vacina contra a dengue de forma isolada, mas alterou essa recomendação em 2025

Emprego e Concurso

De graça, IFMS oferece 38 cursos de qualificação sobre diversos temas até junho

Alunos que concluírem as aulas até o dia 30 de junho receberão certificado

Polícia

Grupo vem da Bolívia para evento de música eletrônica e rapaz desaparece em Campo Grande

Ele estaria conversando com uma pessoa em um aplicativo de relacionamento, mas não há informações se a situação tem a ver com o desaparecimento