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Polícia

Entre feminicídios e homicídios, agosto terá nove júris populares em Campo Grande

Entre os casos está o de Giseli Cristina Olikowski, vítima de feminicídio em março
Adriel Mattos -
estátua
Estátua em frente ao Fórum (Ana Laura Menegat, Jornal Midiamax)

terá nove julgamentos nas duas Varas do Tribunal do Júri neste mês de agosto de 2025. Entre eles, o caso de Giseli Cristina Olikowski, vítima de feminicídio em março deste ano.

Os julgamentos serão realizados no Fórum Heitor Medeiros, na Rua da Paz, esquina com 25 de Dezembro, no Centro. As sessões são abertas e acontecem no plenário das respectivas varas.

Réus por homicídio nas Moreninhas vão a julgamento

Na terça-feira, 5 de agosto, Adílio de Albuquerque Rodrigues e Maike Willian de Albuquerque Rodrigues serão julgados pelo homicídio de Anderson Velasquez Ferreira, de 38 anos, em fevereiro de 2024 no bairro Moreninhas, região sul da Capital.

Anderson havia se desentendido com os vizinhos e teria tentado agredir Adílio e Maike com uma barra de ferro. Eles reagiram espancando a vítima com pedaço de madeira e um capacete.

Ele teve hemorragia e traumatismo cranioencefálico, não resistiu aos ferimentos e morreu. Um dos réus chegou a ser preso, mas ambos respondem ao crime em liberdade.

Homem que matou esposa no Jardim Presidente senta no banco dos réus

Na quinta-feira, 7 de agosto, Claudinei Aparecido da Silva, de 28 anos, senta no banco dos réus sob a acusação de feminicídio da esposa Lucilene Freitas dos Santos em outubro de 2024 no Presidente, região norte de Campo Grande.

Os dois estavam em uma confraternização familiar e o autor brincava com uma arma quando o revólver disparou e atingiu Lucilene. Vizinhos ouviram o tiro e pensaram ser uma bombinha.

Os filhos da mulher estavam na casa dormindo e precisaram ser levados do local devido ao choque. A vítima foi encontrada em um quarto.

“Matei minha mulher”, gritou o suspeito após o crime, que fugiu. Lucilene foi socorrida, mas morreu no hospital. Claudinei foi preso dois dias depois escondido na casa de familiares no Conjunto Habitacional Estrela Dalva.

Na terça-feira, 12 de agosto, Denianderson Menezes da Conceição vai ser julgado na 1ª Vara do Tribunal do Júri pela tentativa de homicídio de Everton Haak Cristaldo em julho de 2022 no bairro São Francisco, área central de Campo Grande.

Denianderson teria emprestado R$ 3 mil de Everton meses antes, e no dia do crime, foi à casa da tia do réu para cobrá-lo. Irritado, o autor passou a ofender a vítima, sacou um revólver calibre 38 e disparou pelo menos cinco vezes.

Everton conseguiu escapar e pedir ajuda em uma unidade de saúde. Denianderson aguarda o julgamento em liberdade.

Detento que matou colega de cela será julgado

Na quarta-feira, 13 de agosto, Leandro Aparecido Costa dos Santos vai a julgamento na 2ª Vara do Tribunal do Júri por matar Rodinilson Diniz dos Reis, de 33 anos, no IPCG (Instituto Penal de Campo Grande) em julho de 2024.

Durante interrogatório na delegacia, Leandro afirmou ser homossexual e que Rodinilson chegou em sua cela no dia do crime. Após o jantar, Rodinilson foi até ele e teria tentado manter uma relação sexual contra sua vontade.

Diante disso, o rapaz desferiu um de mata-leão contra o e o segurou até ver que Rodinilson não teve mais reação e ainda o arranhou no pescoço. Ele contou que a vítima ficou se debatendo, bateu a cabeça na parede e caiu, acreditando que tenha ido a óbito. 

Leandro relatou que esperou até o amanhecer e quando o policial penal foi pagar o café da manhã na cela, informou que Rodinilson estava morto. Também informou que teve desentendimento no presídio e como estava jurado, além de ser homossexual, foi colocado na cela 3.

Suspeito de matar mulher e tentar assassinar namorado no Los Angeles vai ser julgado

Na quinta-feira, 14 de agosto, Arlindo Francisco Natalino Junior senta no banco dos réus da 1ª Vara do Tribunal do Júri pelas acusações de homicídio de Elizangela Arce Correa, de 44 anos, e tentativa de assassinato de Valdeci Soares Santana, em setembro de 2024, no Jardim Los Angeles, região sul de Campo Grande.

Elizangela estava na casa do namorado quando Valdeci recebeu Arlindo e mais dois homens para cobrar uma dívida referente à venda de uma motocicleta. Arlindo teria emprestado dinheiro de um dos suspeitos e cobrou o valor da venda de Valdeci para quitar a própria dívida.

A mulher não era o alvo dos autores do crime. Ela foi assassinada com 12 golpes de faca no braço, queixo, costas e tórax. Já o marido foi ferido dez vezes nas costas e no tórax.

Quando a PMMS (Polícia Militar de ) chegou à casa, encontrou a porta com um sofá impedindo a entrada. Os policiais empurraram e dentro da casa estava o homem todo ensanguentado e a Elizangela morta.

Arlindo foi preso por uma equipe da DHPP (Delegacia Especializada em Repressão a Homicídios e Proteção à Pessoa) ainda no dia do crime e aguarda o julgamento na prisão.

Réu pela morte de Adevilson vai a julgamento após quatro anos

Em 15 de agosto, sexta-feira, Leandro Gonçalves dos Santos será julgado na 2ª Vara do Tribunal do Júri pelo assassinato de Adevilson Silva de Souza em 23 de setembro de 2021, no Jardim Aero Rancho.

Leandro seguia em sua motocicleta, quando viu a vítima na bicicleta. Ele então voltou, desceu e foi até a vítima. Em seguida, efetuou vários disparos de arma de fogo, inclusive à queima-roupa.

O crime teria sido motivado por ciúmes. O autor descobriu que a companheira teve um relacionamento amoroso com a vítima enquanto ele viajava a trabalho. Familiares da vítima afirmam que a mulher havia dito que estava separada.

Leandro foi preso em 1º de abril de 2024. O acusado estava com um mandado expedido e foi preso no Jardim São Conrado, por policiais, quando saía de uma igreja, acompanhado de sua esposa.

Filho que matou a própria mãe no União será julgado

Na quarta-feira, 20 de agosto, Diego Pires de Souza vai a julgamento na 2ª Vara do Tribunal do Júri pelo feminicídio da própria mãe – Mariza Pires, de 66 anos – em dezembro de 2024, no Parque Residencial União, região oeste da Capital.

No dia do crime, uma equipe da 10ª CIPM (Companhia Independente da Polícia Militar) foi ao local com a informação de que a idosa teria sofrido um AVC (Acidente Vascular Cerebral).

Porém, ao chegar no local, os militares encontraram duas equipes do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) realizando massagem cardíaca na vítima que estava com um corte profundo na cabeça e muito sangue em seu corpo. A sala da residência também estava tomada por sangue.

Na ocasião, o filho foi o primeiro a chegar à residência, mas apresentou versões contraditórias, dizendo que a mãe sofreu apenas uma queda. Em seguida, o médico do Samu afirmou aos policiais que as lesões encontradas não aparentavam ser de acidente, mas de assassinato. Ele teria matado a mãe com golpes de pá.

Filho caçula de Mariza, Alfredo Gomes, de 32 anos, conta que o réu era um filho muito desobediente. Alfredo morava na residência com a mãe e o irmão.

“Ele [Diego] era muito desobediente, não respeitava, não ajudava em casa. Algumas vezes ele foi mandado embora de casa e ela [mãe] o deixou voltar. Mas acredito que, por conta disso, foi acumulando raiva dela”, comentou.

Questionado sobre o comportamento do irmão, Alfredo revelou que ele era uma pessoa que “batia de frente” com Mariza. “Nunca de ir para cima, mas respondia. Às vezes aumentava o tom de voz”, disse.

Diego está preso enquanto aguarda o julgamento.

Acusado de matar Giseli no Aero Rancho será julgado

Na sexta-feira, 22 de agosto, Jeferson Nunes Ramos senta no banco dos réus da 2ª Vara do Tribunal do Júri para ser julgado pelo feminicídio de Giseli Cristina Oliskowski, no Jardim Aero Rancho, região sul da Capital, em março de 2025.

Jeferson teria matado Gisele com pedradas na cabeça, além de ter jogado e queimado o seu corpo em um buraco localizado no quintal da residência do casal. Segundo o réu, a vítima teria desferido três tapas em seu rosto, o que o deixou enfurecido e o levou a cometer o feminicídio. 

O sobrinho conta que mora no bairro e soube que estava havendo brigas na casa. Vizinhos relataram gritos e pedidos de socorro. No entanto, quando chegaram à casa, o crime já havia acontecido. O rapaz, junto com outros familiares, imobilizou o feminicida até que a polícia chegasse ao local.

Segundo o rapaz, Giseli vivia um relacionamento não monogâmico — e conturbado — com Jeferson (seu ex) e seu atual companheiro. Inclusive, os dois homens já haviam discutido por causa dessa aproximação de Giseli com Jeferson, o que resultou na internação do feminicida devido à gravidade dos ferimentos. O réu aguarda o julgamento na prisão.

Homem que matou adolescente na Vila Neusa vai a julgamento

Em 29 de agosto, sexta-feira, Márcio da Silva Lima vai ser julgado pelo homicídio de Alexandre Vasconcelos Egues Filho, de 16 anos, em novembro de 2014, na Vila Neusa, região norte da Capital. Ele cometeu o crime na companhia de um amigo e um adolescente.

No dia do crime, Márcio teria discutido com Alexandre. Ele foi para a casa do amigo e retornou ao local na companhia de um menor de idade. O trio esperou a vítima voltar e Márcio e Alexandre voltaram a se desentender.

Em seguida, o réu sacou uma arma e atirou contra a cabeça do rapaz, que morreu em uma unidade de saúde. Ele fugiu, mas agora aguarda o julgamento na prisão.

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