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Polícia

De Pix a WhatsApp clonado, Campo Grande tem mais de mil casos registrados de estelionato em 2025

Número de boletins de ocorrência diminuiu 30% em relação ao mesmo período do ano passado
Carol Leite -
Imagem Ilustrativa (Freepik)

Você já recebeu uma ligação de um número desconhecido dizendo ser representante de uma instituição financeira? Ou já recebeu uma proposta de investimento com retorno financeiro quase imediato? Então, muito provavelmente, você quase caiu em um de .

O crime de estelionato é comum e envolve a prática de fraude para obter vantagem ilícita sobre um terceiro, gerando prejuízo financeiro para outra pessoa. Conforme o Art.171, do Código Penal Brasileiro, a progressão consiste em: “Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento”.

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E as maneiras de cometer esse crime são diversas, desde as conhecidas fraudes bancárias, até golpes mais elaborados no meio digital. Segundo a advogada criminalista Ana Paula Aquino, atualmente os golpes mais comuns são envolvendo a tecnologia.

“Eles envolvem transferências bancárias via Pix, clonagem de aplicativos como o WhatsApp, com solicitação de quantias em dinheiro; golpes relacionados a falsas promessas de investimento com rápido retorno financeiro; e a criação de perfis falsos e elaborados para enganar e convencer as vítimas em sites de venda, geralmente ocorre com veículos”, explicou a advogada.

Queda no número de boletins de ocorrência

No entanto, apesar das maneiras de cometer estelionato estejam cada vez mais diversas, o número de boletins de ocorrência registrados pelo crime em diminuiu em 2025. De acordo com dados divulgados pela Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública), nos cinco primeiros meses de 2024, foram registrados 2.251 boletins, já no mesmo período deste ano, foram registrados 1.551, o que representa uma queda de pouco mais de 30%.

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Ilustração por: Giovana Freire / Midiamax

Na visão da Ana Paula, essa queda no número de registros se deve a uma série de fatores: “constrangimento da vítima, descrença na investigação ou até mesmo por desconhecimento de que se trata de um crime”, listou. Para a advogada, é provável que os casos continuem acontecendo em grande proporção, mas a população não formaliza o ocorrido, o que faz com que as estatísticas não correspondam com a realidade.

Últimos cinco anos

Em relação aos cinco primeiros meses do ano, 2020 registrou o menor número de boletins de ocorrência pelo crime de estelionato nos últimos cinco anos. Até o mês de maio, foram lançados 1.130. Logo em seguida vêm 2025 (1.551), 2024 (2.251), 2022 (2.284), 2023 (2.326) e, por último, 2021 (2.381).

Ilustração por: Giovana Freire / Midiamax

Como não cair em um golpe?

As orientações para não ser a próxima vítima de um golpe de estelionato são mais simples do que parecem, conforme a advogada Ana Paula Aquino, ‘o segredo é ser desconfiado’.

“Desconfie sempre de ganhos fáceis, de propostas tentadoras e vantajosas vindas de desconhecidos; evite clicar em sites e links recebidos por SMS quando não há como verificar sua origem; confirme por meio de ligações as solicitações feitas em dinheiro vindas de supostos familiares e, principalmente, fique sempre atento aos canais oficiais de informação, pois essa é uma das principais ferramentas de proteção. Uma pessoa bem informada corre menos risco de ser enganada”, explicou.

Mas caso você já tenha sido vítima, ou conhece alguém que ‘caiu’ em um golpe, Ana Paula conta como prosseguir:

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  • Juntar evidências como comprovante do Pix, dados do suposto negociador e até captura de tela da negociação;
  • Registrar um boletim de ocorrência;
  • Entrar em contato com a instituição financeira informando o ocorrido para tentar o bloqueio da transação;
  • Buscar uma orientação jurídica para avaliar a viabilidade de medidas judiciais ou extrajudiciais.

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