Nesta quinta-feira (1º), empresário detido em flagrante na Operação Colheita Fantasma ganhou liberdade, mediante pagamento de fiança. A ação mira uma organização criminosa que chegou a movimentar R$ 1 bilhão em operações fictícias de venda de grãos.
Conforme decisão do juiz plantonista, o empresário deve pagar fiança de R$ 3.036 para garantir a liberdade. Além disso, terá que cumprir medidas cautelares.
Além do empresário, outro homem apontado como principal alvo da operação também foi preso. Contra ele havia um mandado. Já o dono do escritório cerealista foi flagrado com três armas e munições.
Também foi alvo da operação uma empresária, dona de lojas no interior de Mato Grosso do Sul. Conforme a Polícia Civil, as investigações revelaram que diversas empresas, controladas de forma oculta por um mesmo grupo, movimentaram mais de R$ 1 bilhão em operações fictícias.
Essas ações ocorreram de 2020 até o presente momento, gerando um suposto crédito tributário indevido de pouco mais R$ 100 milhões, além de possíveis danos tributários em âmbito federal.
Modus Operandi
A organização criminosa operava com empresas de fachada, registradas em nome de laranjas. Assim, essas empresas simulavam a venda de grãos para outras unidades da Federação, gerando créditos de ICMS fraudulentos que eram posteriormente utilizados ou revendidos no mercado.
Mesmo após o bloqueio de atividades de algumas empresas inicialmente identificadas, os investigados continuaram a atuar por meio da criação de novas pessoas jurídicas, mantendo o esquema criminoso ativo e sofisticado.
Cumprimentos dos mandados
A polícia cumpriu ao todo três mandados de busca e apreensão em Campo Grande, um mandado de busca e apreensão em Ivinhema e um mandado de prisão temporária contra o principal suspeito de coordenar o esquema criminoso, em Campo Grande.
Além do sequestro de bens com medidas de indisponibilidade, incluindo o bloqueio de contas bancárias na ordem de R$ 20 milhões.
Durante as buscas, foram apreendidos documentos fiscais, equipamentos eletrônicos, registros financeiros, contratos sociais e outros elementos que reforçam a linha investigativa. As buscas visam escritórios, residências e locais relacionados à administração de empresas utilizadas para simular operações fiscais.