Quando se fala de feminicídio, Mato Grosso do Sul está entre os estados mais violentos para as mulheres. Isso porque, segundo os dados do Mapa da Segurança Pública divulgados nesta quarta-feira (11), o Estado apresentou um aumento de 16,67% e ocupa o 5º lugar no ranking, em um comparativo entre 2023 e 2024.
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Os dados são alarmantes e retratam MS como um estado violento para as mulheres. Assim, os números de casos de feminicídio são os que mais chamam atenção, mostrando que, diariamente, mulheres são mortas apenas pelo fato de serem mulheres.
No Brasil, em 2024, foram registrados 1.459 feminicídios, o maior número desde o início da série histórica. Ou seja, com base nos dados, quatro mulheres foram mortas por dia no país.
Já em uma análise regional, o Centro-Oeste manteve a maior taxa no país, com 1,87 caso por 100 mil mulheres, superando a média nacional de 1,34. Assim, MS se destaca com as maiores taxas, apresentando 2,39, contra Mato Grosso (2,47).

Data da extração dos dados: 13/02/2025
Entre os municípios, Campo Grande ocupa também o 5º lugar no ranking, com 11 mulheres mortas em 2024.


Primeira vítima de 2024 na Capital
Joelma da Silva André, vítima de feminicídio aos 33 anos, foi a primeira mulher assassinada no ano de 2024, em Campo Grande. O crime ocorreu no dia 21 de fevereiro, no Indubrasil.
Ela foi a primeira vítima de Campo Grande, mas, naquele período, já havia outras quatro vítimas em Mato Grosso do Sul.
Joelma foi esfaqueada e teve a faca cravada no peito pelo ex-marido, Leonardo da Silva Lima, de 45 anos, que fugiu logo após o crime, de bicicleta. Uma discussão entre os dois antecedeu o crime, depois que o homem foi até a casa da vítima e a viu entrando em um carro.
Os filhos da vítima, no total de 5, estavam na casa no momento do crime.
Leonardo foi condenado a 30 anos de prisão pelo Conselho de Sentença, pelo crime de homicídio doloso e com as qualificadoras do motivo torpe e feminicídio, além da causa de aumento (crime cometido na presença física de ascendente da vítima).
Grupo técnico para desafogar BOs das Deams
No começo deste ano, foi criado um Grupo Técnico para desafogar mais de 6 mil boletins de ocorrência da Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher).
O grupo é formado por 20 membros, sendo composto pelos delegados Wellington de Oliveira, Marcelo Alonso, João Reis Belo, Juliano Cortez Penteado e os escrivães Steven Souza e William Eduardo Rocha, além da investigadora Priscila Rodrigues.
Também integram o grupo outros 13 delegados nomeados como membros. O grupo terá 90 dias para concluir os trabalhos, prazo que pode ser prorrogado pela DGPC (Delegacia-Geral de Polícia Civil de Mato Grosso do Sul).
Em Campo Grande, o grupo será responsável por analisar boletins de ocorrência de casos represados, ou seja, aqueles em que as vítimas ou autores não são encontrados no endereço e nem por telefone pela Polícia Civil, bem como os casos de desistência de representação por parte das vítimas ou ausência/inexistência de provas ou elementos comprobatórios para a instrução e o andamento dos procedimentos.
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