Após arrecadação para translado, velório é feito para amigos antes de Pâmela voltar para cidade natal

Corpo será levado para ser sepultado em Trindade (GO), onde nasceu

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Mãe de Pâmela na saída do velório, nesta quarta-feira (22). (Nathalia Alcântara, Midiamax)

A mãe de Pâmela Myrela, de 31 anos, Iraides Rosa Ferreira, contou ao Jornal Midiamax, na manhã desta quarta-feira (22), que conseguiu arrecadar todo o valor das despesas com a morte da filha.

Com o valor, ela ainda conseguiu fazer um velório rápido em Campo Grande para que amigos da Pâmela pudessem se despedir, antes do corpo ser levado para ser sepultado em Trindade (GO), onde nasceu.

Iraides chegou a Campo Grande na manhã de terça-feira (21) e logo recebeu a notícia trágica. Ela ficou hospedada na casa da sogra da filha e deve voltar ainda hoje para a cidade goiana.

Pâmela (Redes Sociais)

Feliz e carinhosa

Pâmela é natural de Trindade, em Goiás, e veio para Mato Grosso do Sul há dez anos a trabalho. “Ela gostava muito de Campo Grande”, disse. 

A mãe explicou que a filha era uma pessoa feliz e muito carinhosa. Como toda a família mora em Goiás, Pâmela, que é a mais velha entre os irmãos, além de ligar todos os dias para a mãe, ia todos os anos para a cidade natal.

Ela, inclusive, havia ido para lá no final do ano e retornou para Campo Grande na última quarta-feira (15), quatro dias antes do crime.

“Saiu na quarta e domingo já aconteceu essa tragédia”, lamentou a mãe.

Renan Castilho, namorado da vítima, contou que estavam namorando há 8 anos. Ele também está bastante abalado. Em poucas palavras disse estar indignado com tudo o que aconteceu e não entender o real motivo para o crime.

“Foi uma barbaridade. As pessoas têm que pagar pelo que fizeram com a gente, com a nossa família”, conta.

Durante o crime, o cachorrinho de Pâmela ficou escondido embaixo da cama. Mesmo ferida, durante socorro, Pâmela pediu para uma amiga resgatar o animalzinho do meio das chamas.

O namorado de Pâmela explicou que o cãozinho teve queimaduras superficiais no pelo, mas está bem e aos cuidados dele.

Discussão e crime

Pâmela estava internada desde domingo (19) após ter o corpo incendiado na Vila Carvalho, em Campo Grande. Ela não resistiu e morreu na madrugada desta terça-feira (21).

A travesti havia se envolvido em uma discussão em uma boate. Depois ela foi para casa, mas as duas autoras, enfurecidas, foram até um posto de combustível, compraram gasolina e seguiram para a casa da vítima.

Lá elas chamaram a vítima, que, ao sair no portão, teve o corpo atingido por combustível. Em seguida, as autoras atearam fogo na vítima.

A amiga da vítima, de 26 anos, prestou depoimento na delegacia, onde relatou que as duas foram até uma boate na noite de sábado (18) com outros três amigos. Por volta das 3 horas da madrugada, chegaram ao local duas travestis alteradas e aparentemente sob efeito de drogas ou álcool. Segundo a amiga, a dupla estaria procurando confusão no local.

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