Os alvos da organização criminosa de tráfico de drogas com ramificações em Mato Grosso do Sul e que tinha como integrante o suplente a vereador, Ronaldo Cardoso do Podemos, preso no Rio Grande do Norte, ostentavam vida de luxo, com fazendas e pousadas. Integrantes do grupo eram inseridos em camadas de alto poder aquisitivo.
Conforme as investigações, o núcleo de Mato Grosso do Sul mantinha significativos vínculos com o estado do Rio Grande do Norte, onde um dos investigados possuía uma pousada. Em Campo Grande, foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão e seis de prisão, mas todos os alvos presos foram encontrados no Rio Grande do Norte.
As investigações indicaram que familiares do traficante conhecido pelo codinome “Especialista”, morador de Mato Grosso do Sul, eram usados como ‘testas de ferro’, figurando como beneficiários de valores provenientes de traficantes do Distrito Federal e do chamado Núcleo Nordeste.
Um desses familiares, o suplente de vereador de Campo Grande, Ronaldo Cardoso, ficou fora de circulação por aproximadamente 2 meses, sendo seu reaparecimento público registrado apenas em janeiro de 2024.
A estrutura criminosa integrada por esses indivíduos é informalmente referida por integrantes de outros núcleos como pertencente ao “Núcleo Sinaloa”, numa alusão à facção criminosa mexicana.
Equipes do Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros) dão apoio à ação no Estado. Foram cumpridos 19 mandados de prisão temporária e 80 de busca e apreensão contra o grupo suspeito de tráfico interestadual de drogas e lavagem de dinheiro.

Vida de luxo
Conforme a investigação, integrantes da organização criminosa eram inseridos em camadas de alto poder aquisitivo. O líder da organização criminosa no Distrito Federal tinha uma propriedade rural dedicada à criação de gado leiteiro em Planaltina e recentemente havia se mudado para a capital Catarinense.
Já integrantes do núcleo financeiro em Goiás ostentam imóveis luxuosos e diversos veículos de alto padrão. O núcleo nordestino residia em um apartamento de luxo no bairro de Ponta Verde, em Maceió.
Foram determinados o sequestro judicial de 17 veículos e 7 imóveis, incluindo uma residência luxuosa em condomínio fechado em Goiás. Dezenas de contas bancárias foram bloqueadas, incluindo as de uma fintech sediada em São Paulo, que chegou a movimentar cerca de R$ 300 milhões em apenas três meses.
Organização criminosa
A organização criminosa se especializou no cultivo de clones de maconha, e também ensinavam técnicas de produção, contando com plataformas digitais para a divulgação da ação criminal. O grupo usava diferentes empresas.
O grupo também era responsável pela difusão de sementes de maconha para diferentes estados do país, contando com grandes estruturas de plantio de plantas de maconha para a produção de diferentes derivados, algumas espécies com grande teor de THC, com o potencial de causar overdose em quem as consome.
A empresa da organização fornecia diferentes derivados de maconha, formação para terceiros produzirem as drogas, sementes de diversas espécies de alto valor agregado, clones de cannabis, utilizando-se de lavagem de dinheiro para ocultar a origem dos ganhos.
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