Everson dos Santos Alencar é julgado nesta sexta-feira (14) pelo assassinato do ex-namorado, Wagner Vicente Pereira da Silva, asfixiado em novembro de 2023 no bairro Amambai, em Campo Grande.
O réu negou ter matado a vítima. Explicou ainda que o ex-namorado era usuário de drogas e frequentemente furtava sua casa. Na época do crime, a principal motivação seria o furto de um aparelho celular.
Autor e vítima tiveram relacionamento de três anos até que Wagner teria avisado Everson que se mudaria de Estado. “Um mês depois ele apareceu na minha casa dizendo que tinha umas pessoas que queriam fazer mal a ele”.
Naquela noite, o autor estava com outros dois indivíduos, sendo um colega e o sobrinho, fazendo churrasco em casa. “Fui dormir e quando acordei ele não estava mais lá. Voltou só na hora do almoço, quando eu o questionei sobre o meu celular e ele disse que havia empenhado em uma ‘biqueira’. Eu disse que queria meu celular de volta e ele disse que iria ligar para o traficante”, contou.
No domingo, o autor e os amigos passaram o dia ingerindo bebida alcoólica, quando resolveram sair para procurar Wagner e o questionar sobre o celular, e o mandaram ir para casa ligar para o traficante.
“Aí na hora que ele entrou [em casa], ele ficou na sala ligando para o cara e eu me dirigi ao quarto e sentei na cama, quando ele entrou no quarto já alterado, começou a gritar comigo e o Andres e o Thales entraram no quarto. O Andres enlaçou o fio no pescoço do Wagner, começou a apertar aí falei para ele parar, aí ele parou e a gente colocou a vítima no chão, parecia que estava morto já, só que ele deu um suspiro forte, foi quando o Andres correu, subiu em cima do pescoço dele com os dois pés, e com a outra mão puxava o fio, e o Thales colocou o pano no rosto dele e asfixiou a vítima também”, detalhou.

Everson, que só respondeu às perguntas de seu advogado durante o julgamento, disse que o casal sempre discutia sobre os furtos que o ex cometia em sua casa. “Ele já tinha arrombado a porta, janela, quando eu saia para trabalhar, eu voltava e estava toda saqueada. Eu sabia que era ele, tentei procurar serviço para ele, mas ele sempre era demitido por estar drogado”, disse.
Sobre a cova, encontrada pela polícia na casa na época do crime, Everson disse que era só para dar susto. “A cova foi só para dar um susto nele, fazer ele confessar sobre o celular”.
Finalizou ainda que não tinha intenção de matar a vítima. “Tanto que não puxei o fio, porque, apesar de a gente ter separado, eu gostava dele ainda”.
Denúncia
A denúncia consta que os autores arquitetaram a morte da vítima e cavaram um buraco na casa. Chamaram Wagner para comparecer na residência, onde o agrediram, seguraram pelo pescoço e depois enlaçaram um fio e apertaram até a morte.
Cada um dos acusados apresentou motivações diferentes para o crime, porém Everson cometeu o crime por ciúmes da vítima. Ele acreditava que ele saíram com outras pessoas e por cometer pequenos furtos em sua casa.
O corpo foi encontrado enterrado no quintal da casa.

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