Na manhã desta quarta-feira (9), Marcos Vinicius de Oliveira Silva, de 20 anos, está sendo julgado por matar Wenderson Felipe de Souza Gomes, de 27 anos, a tiros no bairro Aero Rancho em abril de 2022. Durante o interrogatório, o acusado negou ser o autor do crime e disse ter sido pago para confessar.
A sessão estava marcada para iniciar às 8h, no entanto, o réu chegou com uma hora de atraso. Sem testemunhas, o julgamento contou somente com o interrogatório de Marcos Silva.
O juiz Aluízio Pereira dos Santos presidiu o julgamento e, quando questionado sobre a autoria do crime, o acusado negou e afirmou que um homem teria oferecido dinheiro para ele assumir o crime. “Ele (suposto atirador) chegou e me ofereceu R$ 5 mil para assumir o homicídio, entendeu? Ele disse que ia pagar o advogado e me dar o dinheiro”, disse Marcos.
O réu ainda afirmou que sabia que o suposto atirador iria matar Wenderson, que o motivo do homicídio seria dinheiro.
No dia 2 de junho de 2022, Marcos se apresentou na delegacia e disse ser o autor do crime, para o delegado, ele disse que estaria em uma esquina, e quando avistou a vítima atirou. “Ele (atirador) só falou que tinha conseguido matar o Chiquinho (apelido de Wenderson), mas ele não falou como foi certinho. Mas me falou que tinha matado, também não me preocupei em saber como que foi”.
Apesar de ter sido oferecido R$ 5 mil para assumir a autoria do crime, Marcos afirmou que recebeu somente R$ 2 mil.
‘Era meu braço direito’, diz pai de Wenderson durante julgamento
Familiares de Wenderson acompanham o julgamento a fim de pedir por Justiça. Estão no local, pai, irmã, tia, avó e primos. Todos afirmam que não conhecem o acusado nem sabem o motivo para o crime. “Estamos aqui para descobrir”.
O pai, Valdemir Gomes da Silva, 49 anos, contou ao Jornal Midiamax que o filho era um rapaz trabalhador. Mexia com reciclagem, comprava ferro, latinha, entre outros.
“Ele era meu braço direito. Eu tenho dificuldade de andar e ele me ajudava a fazer as coisas, né? Levava para fazer exames”, contou, dizendo que o que aconteceu foi uma covardia.
Apesar de não conhecer o autor, nem saber o motivo, ele explicou que o acusado tinha passado o dia ligando para a vítima. “Ele estava ligando desde cedo para matar meu filho. Queria matar meu filho cedo, né? Só que eu não sabia de nada”.
O pai soube da morte do filho quando um amigo foi até sua casa e o acordou com a notícia.
“Era um menino bom. Faz falta para a família. Era meu filho, né”, lamentou o pai.
Reincidente
Marcos já foi condenado no ano passado por matar Rikelmy Lorran Figueireido Toguicioli, de 22 anos. O crime aconteceu um mês após a morte de Wenderson.
Por este crime, ele foi a julgamento em fevereiro de 2024 e condenado a 12 anos de prisão.
Rikelmy estava morando em outra cidade, trabalhando, e tirava férias quando acabou morto por causa de uma foto postada nas redes sociais.
Quando foi preso pelo assassinato, Marcos confessou ter matado Wenderson e ainda Ryan Dionísio Ajala, de 19 anos, com vários tiros, no dia 13 de fevereiro do mesmo ano, no Bairro Jardim Nhanhá.
Na época, testemunhas contaram que o autor chegou ao local e começou a conversar com Ryan. Em certo momento, ele sacou uma pistola e efetuou um tiro contra o rosto do rapaz que caiu ao solo. No chão, o assassino efetuou aproximadamente mais cinco tiros contra o jovem. Depois disso, ele correu para fugir, porém retornou e deu mais um tiro na nuca de Ryan.
Assassinato de Wenderson
Segundo informações do boletim de ocorrência, no local onde o crime aconteceu, na rua Caladio, a esposa da vítima disse não saber quem atirou no marido. Ele tinha seis perfurações pelo corpo, conforme a perícia.
Wenderson foi atingido no ombro, costas e na cabeça. O tiro teria atravessado a cabeça, conforme a perícia. Ainda segundo as informações da ocorrência, o autor do crime estava em uma moto, mas ninguém no local soube descrever como ele seria fisicamente.
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