Imagens de câmeras de segurança do bairro Caiçara, em Campo Grande, mostram o momento da perseguição de um policial de folga contra os suspeitos que executaram, com pelo menos 18 tiros, João Matheus Pinheiro Duarte Gomes, de 20 anos, na madrugada deste domingo (17).

Pelas imagens é possível ver quando os dois atiradores correm pelas ruas do bairro depois de matar a tiros João Matheus embaixo de uma árvore. Em seguida, o policial que está em sua motocicleta perseguindo a dupla acaba derrapando no asfalto e caindo da moto junto de seu amigo.

Acontece uma troca de tiros e, um dos suspeitos de matar João, teria sido atingido pelos disparos, mas mesmo ferido consegue fugir com seu comparsa.

Perseguição e confronto

O policial estava de folga na tabacaria quando ouviu tiros vindos de fora. Ele saiu para ver o que estava acontecendo quando viu dois suspeitos correndo virando a esquina e foi atrás junto de um amigo em sua motocicleta.

Quando se aproximou, os suspeitos passaram a atirar contra o policial, que revidou e teria acertado um dos suspeitos. O militar acabou derrapando com a motocicleta ao tentar desviar dos tiros dos suspeitos, caindo no chão. Quando conseguiu levantar, os dois homens haviam fugido.

A execução de João aconteceu quando ele saiu da tabacaria para urinar na rua, sendo surpreendido pelos atiradores. João foi assassinado com pelo menos 18 disparos, sendo a maioria na cabeça. Informações não confirmadas pela polícia são de que ele possa ter sido morto por engano. 

‘É um caos’

Um casal que mora no bairro há 6 anos falou com o Jornal Midiamax. “É um caos há muito tempo essa tabacaria, já fizemos um monte de coisa para tentar retirar. Para nós, não incomoda tanto, é mais quem mora na esquina. Mas ontem cheguei 23h30 da noite e estava um caos isso aqui. Já pensamos em mudar por causa disso”.

Outra moradora, de 43 anos, disse que no local sempre tem baderna. “É sempre uma baderna, direto dão tiro nos vidros, aí na segunda amanhece com tudo arrumado. Cortei as árvores porque urinavam aqui. Não dá certo essa tabacaria aqui. Eles ficam rodando com a moto aqui, fazendo manobras. Já fizemos reclamação no bombeiro e polícia. Aqui era calmo, muito calmo, essa tabacaria que estragou. Sexta e sábado são os piores dias, as ruas ficam cheias”.

“Muito barulho dessa tabacaria, ninguém dorme… é difícil. Os vizinhos retiraram as árvores porque o pessoal fazia de tudo nessas árvores.  Pedi para meu marido tirar essa aqui da frente, mas não podemos tirar, porque é nossa sombra, né?!”, disse a moradora da casa onde o jovem acabou sendo executado na frente.