O morto em confronto com a Polícia Militar, no bairro Jardim Arco-Íris, em Campo Grande, Giovany Reis Farias, manteve a namorada em cárcere privado, com quem teve um relacionamento de 2 anos. A adolescenote registrou um boletim de ocorrência contra ele em maio deste ano.

A jovem contou que era mantida em cárcere por Giovany que quebrava seus celulares a proibindo de ter redes sociais e manter contato com familiares ou amigos. A vítima relatou no dia 12 de maio, que era agredida constantemente pelo autor com socos, chutes, puxões de cabelo e rasteiras.

Ainda de acordo com informações, o autor filmava as relações íntimas do casal. A vítima teve dentes quebrados devido às agressões. Ela também relatou que quando tentava terminar com o autor, ele fazia ameaças à ela.

Giovany foi morto em confronto quando fugia da polícia invadindo casas na região.

Morto em confronto

Os militares realizavam rondas no bairro, quando viram duas pessoas em duas motocicletas e consideraram uma atitude suspeita. Com isso, resolveu abordá-los, momento em que Giovany teria arremessado um pacote com maconha e chave da moto, fugindo em seguida. 

O rapaz passou a pular muros das casas do bairro e realizou alguns disparos de arma de fogo, da pistola de calibre .380, segundo explicou o Delegado Reges de Almeida, da 3ª Delegacia de Polícia Civil.

“Durante essa fuga, ele realizou alguns disparos de arma de fogo, pulou o muro dessa última casa e as moradoras saíram. A equipe da PM entrou e quando estava entrando [na casa], ele sacou a pistola e os policiais reagiram”, explicou o delegado. Giovany foi socorrido pelos militares até o CRS (Centro Regional de Saúde) Nova Bahia, mas não resistiu aos ferimentos e morreu às 13h25 da tarde. 

No local onde houve o confronto, na Rua do Branco, a polícia apreendeu a pistola usada por Giovany e também a do militar, que serão periciadas. Ainda segundo o delegado, a perícia constatou munições percutidas não disparadas na arma usada pelo rapaz, o que indica que ele iria atirar contra os militares. 

Também foi apurado pelas autoridades policiais que a casa de Geovane era possivelmente usada para revenda de drogas. No imóvel, foram apreendidas uma balança de precisão, maconha e materiais para embalagem de entorpecentes, que serão encaminhados para perícia. 

Sobre a outra motocicleta visualizada pelos militares em atitude suspeita, Reges afirmou que o condutor já foi qualificado e será ouvido pela polícia, porém, não teria relação com os crimes.