O rapaz, de 18 anos, suspeito de matar o servidor da Unei (Unidade Educacional de Internação) Reginaldo Souza Gomes, de 45 anos, em Corumbá, tentou ‘apagar’ a vítima com um mata-leão com a ajuda de um comparsa para roubar os pertences da casa no último dia 30 de abril.
Reginaldo foi encontrado morto na manhã do último dia 3 em casa no bairro Nova Corumbá. Um dos suspeitos foi preso nessa segunda-feira (13) pelo Garras (Delegacia de Repressão a Roubos a Banco, Assaltos e Sequestros) em Campo Grande e o comparsa segue foragido. Os dois tiveram a prisão preventiva decretada.
Conforme o Delegado Jean Castro, responsável pelas investigações, o rapaz preso contou que teve um relacionamento pontual com Reginaldo e, no dia 30 de abril, foi até a casa dele com a intenção de subtrair alguns pertences do mesmo.
Ele ia apenas subtrair a motocicleta, enquanto o comparsa tinha a intenção de levar as televisões. Ao chegarem na casa, a dupla ficou um tempo no quarto com Reginaldo, quando em determinado momento tentaram imobilizá-lo para fazer com que ele ‘apagasse’.
Nisso, o comparsa desferiu um golpe de mata-leão na vítima, que chegou a recobrar a consciência, mas foi agredida novamente com outro golpe.
O suspeito ainda contou que não estava presente no momento em que ocorreu esse segundo golpe, mas que a vítima faleceu e ele acabou levando a motocicleta da casa, enquanto o comparsa levou quatro televisões, uma máquina de lavar roupas, o aparelho celular de Reginaldo e um cartão de crédito.
Ele também revelou durante o interrogatório que deixou a motocicleta da vítima na região do Porto Geral – sendo esta recuperada pela polícia no dia seguinte ao crime -, e não teve mais contato com o comparsa.
Após a recuperação da moto, os policiais conseguiram localizar uma das televisões furtadas e prenderam o receptador, que confessou de quem teria comprado o item. As outras televisões foram levadas para a Bolívia, de acordo com o delegado Jean Castro.
Questionado sobre o comparsa que segue foragido, o delegado disse ao Jornal Midiamax que é possível que o suspeito tenha ido para a Bolívia, mas o fato não foi confirmado, visto que familiares dele também não souberam informar de seu paradeiro.
O suspeito preso foi apreendido quando era menor, por ameaça, injúria e lesão corporal. Agora, ele deve responder pelo crime de latrocínio. Já o comparsa não possui passagens pela polícia em Mato Grosso do Sul.
Relembre o caso
O servidor da Unei (Unidade Educacional de Internação) foi visto pela última vez no dia 1º de maio quando teria recebido o salário. A falta no serviço, fez com que colegas suspeitassem de algo.
Uma psicóloga da Unei juntamente com outro servidor foram até a casa da vítima, na Rua Marechal Floriano, bairro Nova Corumbá, a chamaram, mas ninguém respondeu. Um vizinho comentou que viu Reginaldo pela última vez na quarta-feira (1º).
Os colegas sentiram odor vindo da residência e acionaram a PM (Polícia Militar), que entrou na casa e viu o homem caído no chão, em estado de decomposição.
A Polícia Civil e Perícia foram acionadas e constataram que os móveis estavam revirados.
