O suspeito de assassinar a corretora de imóveis Amalha Cristina Mariano Garcia, às margens da MS-455, na região do bairro Jardim Los Angeles, nas proximidades do Porto Seco, em Campo Grande, foi preso pelo Batalhão de Choque nesta sexta-feira (24). 

Conforme o Batalhão de Choque da PM (Polícia Militar), o suspeito foi preso na tarde desta sexta (24) e mais informações devem ser repassadas em breve durante coletiva de imprensa. Equipes da Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), que investiga o caso, estiveram em uma rua próxima à Avenida Campestre, no bairro Aero Rancho, realizando diligências.

Informações apuradas pela reportagem do Jornal Midiamax são de que a esposa de outro suspeito – que está com mandado de prisão preventiva em aberto envolvendo a morte da corretora -, foi detida, também na tarde desta sexta-feira (24). 

Como o suspeito não estava no local onde a mulher foi encontrada, ela acabou sendo conduzida para a Deam para prestar esclarecimentos.

O homem deve ser apresentado à polícia na próxima segunda-feira (27) para ser ouvido.

Dívida de R$ 20 mil e carro abandonado: Tudo o que se sabe do assassinato da corretora

  • No dia 21, Amalha comentou com amigas da corretora onde trabalhava que iria sair por volta das 12h29 para receber uma dívida de R$ 20 mil de um ex-paquera.
  • A corretora saiu em seu Jeep Renegade, de cor branca, que sumiu após o corpo de Amalha ser encontrado no meio de um matagal, com as roupas em desalinho.
  • Já no dia 22, o ex-paquera de Amalha foi detido e encaminhado para a delegacia de Ponta Porã, onde foi ouvido e liberado. Isso porque, conforme a delegada Analu Lacerda, não havia evidências de que o homem estaria envolvido na morte da corretora.
  • Outras testemunhas também foram ouvidas e a Polícia Civil não descartou a possibilidade do caso se tratar de latrocínio.
  • Já na quinta (23), o Jeep Renegade foi encontrado no Indubrasil abandonado em um terreno baldio, ao lado de uma casa, e dois homens foram levados para a Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher).
  • Um dos homens foi levado como testemunha e o outro como suspeito, sendo que foram ouvidos e liberados. Um deles tem passagens por ameaça e violência doméstica.
  • Em depoimento, os homens disseram que o Jeep ‘apareceu’ no local e que não viram quem teria deixado o carro no terreno.

Até o momento, as investigações estão sob sigilo e, de acordo com a delegada Analu, nenhuma linha de investigação foi descartada.

Morta e arrastada por 10 metros em matagal

O corpo da corretora estava com as calças abaixadas porque foi arrastada por cerca de 10 metros para o meio do matagal. 

De acordo com informações, não havia sinais de abuso sexual. A perícia identificou que uma arma branca, como um pau, teria sido usada no crime. Mas, a possível arma não foi localizada aos arredores.

Seguranças de uma empresa privada durante um treinamento no início da tarde de terça (21) encontraram a vítima na região do Terminal Intermodal de Cargas – Porto Seco, na Capital. Primeiramente eles viram um par de tamancos. Ao se aproximarem, os seguranças viram o corpo com sinais de violência, principalmente no rosto, e acionaram a guarda. No local, foram recolhidos brincos, correntes e pulseiras da mulher.