Segundo suspeito envolvido em morte de servidor da Unei diz que comparsa matou vítima por vingança

Rapaz, de 20 anos, é suspeito de matar Reginaldo Souza Gomes com golpe de mata-leão com ajuda de comparsa, de 18 anos

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar
Delegacia de Polícia Civil de Corumbá. (Arquivo Midiamax)

Um rapaz, de 20 anos, segundo suspeito envolvido na morte do servidor da Unei (Unidade Educacional de Internação) Reginaldo Souza Gomes, em Corumbá, a 429 quilômetros de Campo Grande, foi preso nessa quinta-feira (16). Ele disse à polícia que o comparsa matou a vítima por vingança.

Reginaldo teve o corpo encontrado no último dia 3 na casa em que morava, além de alguns pertences furtados, como motocicleta, televisões, máquina de lavar roupas, cartão de crédito e aparelho celular. 

O primeiro suspeito envolvido é um jovem, de 18 anos, preso na segunda-feira (13) no Centro de Campo Grande. Ele apontou quem seria o comparsa e então foram expedidos dois mandados de prisão preventiva contra a dupla. 

O rapaz se entregou na Delegacia de Polícia Civil de Corumbá nessa quinta (16), acompanhado de uma advogada. Ele negou participação na morte do servidor, mas admitiu que ajudou a furtar os pertences de Reginaldo, segundo o Diário Corumbaense. 

O delegado Jean Castro, responsável pelas investigações, explicou que o rapaz disse que o jovem – preso em Campo Grande -, foi até ele após a vítima morrer e ofereceu um dinheiro para ajudar a remover os itens da casa. 

“Ele disse que só ficou sabendo que a vítima havia morrido quando entrou na casa e viu o corpo. Afirmou que não conhecia Reginaldo”, explicou o delegado ao site local.

Ainda de acordo com o depoimento do suspeito, ele falou que Reginaldo estava caído no chão com nó de gravata e lençol no pescoço. O jovem teria dito ao rapaz – que se entregou -, que matou Reginaldo porque o servidor teria agredido ele – visto que tiveram um relacionamento pontual -, após ver uma foto na rede social e ter ficado com ciúmes. 

“Então, como forma de vingança, acabou matando-o. Ele mencionou ainda que não ficou com nenhum bem da vítima”, detalhou o delegado sobre o interrogatório do segundo suspeito.

A dupla está presa preventivamente pelo crime de latrocínio, quando ocorre roubo seguido de morte.

Prisão do primeiro suspeito

O jovem, de 18 anos, estava sendo procurado desde a última semana e foi preso enquanto transitava pela região Central de Campo Grande na manhã desta segunda (13).

A moto do servidor foi encontrada no sábado (4) na região do Porto Geral de Corumbá e o jovem – preso na segunda –, se identificou como dono do veículo, porém, ao saber que eram policiais civis, ele contou outra história e foi levado para a delegacia para prestar esclarecimentos, levantando suspeita.

Durante as investigações, o SIG (Setor de Investigações Gerais) de Corumbá recuperou uma das televisões roubadas da residência da vítima. O aparelho estava com uma pessoa, que foi presa e assumiu ter comprado do jovem que estava com moto do servidor após o mesmo dizer que havia assassinado Reginaldo.

Diante disso, iniciou-se uma operação conjunta de policiais de Corumbá e do Garras que constataram que o suspeito do crime fugiu para Campo Grande com ajuda de outras pessoas. Durante diligências na região central da Capital, o criminoso foi visto em um fast food e preso.

À polícia, durante seu interrogatório, o jovem contou que teve um relacionamento pontual com Reginaldo e, no dia 30 de abril, foi até a casa dele com a intenção de subtrair alguns pertences do mesmo. 

Ele ia apenas subtrair a motocicleta, enquanto o comparsa tinha a intenção de levar as televisões. Ao chegarem na casa, a dupla ficou um tempo no quarto com Reginaldo, quando em determinado momento tentaram imobilizá-lo para fazer com que ele ‘apagasse’.

Nisso, o comparsa desferiu um golpe de mata-leão na vítima, que chegou a recobrar a consciência, mas foi agredida novamente com outro golpe.

Relembre o caso

O servidor da Unei (Unidade Educacional de Internação) foi visto pela última vez no dia 1º de maio, quando teria recebido o salário. A falta no serviço fez com que colegas suspeitassem de algo.

Uma psicóloga da Unei juntamente com outro servidor foram até a casa da vítima, na Rua Marechal Floriano, bairro Nova Corumbá, a chamaram, mas ninguém respondeu. Um vizinho comentou que viu Reginaldo pela última vez na quarta-feira (1º).

Os colegas sentiram odor vindo da residência e acionaram a PM (Polícia Militar), que entrou na casa e viu o homem caído no chão, em estado de decomposição. 

A Polícia Civil e Perícia foram acionadas e constataram que os móveis estavam revirados.

Conteúdos relacionados