Após a Justiça manter a prisão do terceiro sargento da Polícia Militar de Mato Grosso do Sul por descumprimento de missão, a corporação o enviou para tratamento psiquiátrico, nesta sexta-feira (16).

A PM informou à Justiça Militar que o sargento foi internado em hospital psiquiátrico de Campo Grande devido a uma “necessidade urgente de tratamento psiquiátrico especializado”. Ele estava sob custódia da PM, mas deve ficar sem escolta, pois a instituição não permite.

“Em função disso, será realizada a escolta policial respeitando as normativas estabelecidas pelo Hospital e equipe Médica”, diz documento nos autos do processo. A Justiça manteve a prisão do sargento, durante audiência de custódia na quinta-feira (15).

A defesa do militar, através da ACS PMBM MS (Associação e Centro Social dos Policiais Militares e Bombeiros Militares de MS), tentou na quarta-feira (14) um pedido de liberdade provisória, alegando que a conduta do militar não apresenta violência ou grave ameaça.

Mesmo assim, o juiz Alexandre Antunes da Silva, entendeu que o caso afronta à instituição militar, principalmente no aspecto da disciplina.

Falta ao serviço ou descumprimento de missão

O militar estava escalado para o Comando Força Patrulha, mas não compareceu ao serviço na terça-feira (13). Ele enviou mensagem avisando que teria uma consulta médica. Então, foi orientado a comparecer ao serviço após a consulta, levando atestado.

Por isso, o militar disse que chegaria às 13 horas. No entanto, já às 17h30, os colegas perceberam que o sargento não foi ao batalhão. Eles ainda tentaram contatar o oficial, mas sem sucesso.

Então, uma equipe saiu em busca pelo militar, que não estava em casa. Os agentes encontraram o policial na rua, parado em uma calçada.

Questionado sobre o motivo de não ir ao trabalho, o militar disse que não estava em condições psicológicas. Ele ainda admitiu que não teve consulta médica, que mentiu e que fez uso de cocaína, por isso ficou acordado a noite toda. O policial acabou preso em flagrante e ficou em silêncio no interrogatório.