A Santa Casa de disse que está trabalhando para identificar o ‘falso médico', acusado de assediar uma paciente, de 24 anos, que está internada na ala de trauma. Um boletim de ocorrência foi registrado nesta quarta-feira (3) e a Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) investiga o caso.

O hospital tomou conhecimento do caso, levou a vítima até a unidade policial para registrar a denúncia e, após a identificação do acusado, adotará as condutas necessárias conforme as leis. 

Conforme nota enviada à reportagem do Jornal Midiamax, “a de Campo Grande informa que tomou conhecimento sobre a suposta situação de importunação sexual a paciente internada. Diante desta alegação, a equipe assistencial da unidade agiu prontamente, tomando todas as medidas necessárias para o acolhimento da vítima e a formalização imediata da situação aos órgãos competentes. Internamente, foram iniciadas as ações necessárias para apuração rigorosa do caso, empenhados em garantir que todas as circunstâncias sejam devidamente esclarecidas e medidas apropriadas sejam tomadas em conformidade com nossos princípios éticos e valores institucionais”.

Outro trecho da nota diz que será respeitada a privacidade da vítima neste momento. “A Santa Casa de Campo Grande reforça seu compromisso com a integridade, a transparência e a responsabilidade das ações dentro do hospital. Mas neste momento, a condução é de, também, respeitar a privacidade da vítima e o devido processo legal do caso, assegurando que todas as pessoas sob nossos cuidados recebam o suporte necessário e que situações como esta sejam tratadas com a seriedade e urgência que merecem”.

Entenda o caso

A paciente afirma que, nesta quarta-feira, um homem – vestido com jaleco verde e com crachá de identificação do hospital – entrou no quarto e começou a mexer na medicação que estava sendo administrada.

Segundo os relatos, ele disse que precisava retirar o ar da mangueira de soro. Em seguida, alegou que precisaria fazer um novo acesso. Nesse momento, ele apertou o pescoço da vítima e mexeu na roupa da paciente, expondo parte do corpo dela propositalmente. Após isso, ele pediu para ver outro ferimento em uma parte mais íntima. Depois disso, o homem disse que tinha um primo internado em outra ala do hospital e saiu do quarto.

Constrangida, a vítima relatou o fato a uma enfermeira que disse que naquele setor não há ninguém com o nome informado pela paciente, mas que as descrições dele coincidem com a de um funcionário de outro setor e que ele não seria e não deveria estar naquela ala.