A mulher acusada de agredir uma garota de programa e roubá-la, na tarde do último domingo (25), na Vila Carvalho, junto a outro rapaz, nega os crimes. O relato dela – que também é garota de programa – aponta compra de um celular e agressões entre a suposta vítima e o rapaz, que segue desconhecido.
Os itens levados serão entregues na Derf (Delegacia Especializada de Roubos e Furtos) pelo advogado dela, durante a tarde desta quarta-feira (28).
O advogado da mulher acusada de agressão, Amilton Ferreira de Almeida explicou que o roubo não aconteceu. “Ela praticamente se equivocou quando contou essa versão de roubo. O que ocorre é que essa suposta vítima é amiga de outra suposta prostituta. O rapaz, que ela só conhece pelo primeiro nome, contratou essa garota de programa. Eles foram para um hotel e ele perguntou se ela tinha alguma amiga de programa para ter relações sexuais com eles”, diz o advogado.
A amiga em questão é a suposta vítima do roubo e lesão corporal. Antes de ir até a pousada onde as agressões teriam ocorrido, os três chegaram a passar em um motel, contudo, acharam muito simples. Nesse tempo, a acusada e a suposta vítima negociaram um celular modelo iPhone 8, já que a amiga contratada estava com um modelo mais moderno.
A acusada fez um Pix para a suposta vítima, no valor de R$ 630 de entrada, e iria pagar mais R$ 1 mil posteriormente. Conforme o advogado, a cliente dele – a acusada – apresentou, inclusive, o comprovante desse pagamento. Contudo, ela não recebeu o telefone.
Na pousada em questão, a suposta vítima e o cliente tiveram desavenças comerciais e o rapaz exigiu metade do valor que ele pagou a ela de volta. A mulher teria se recusado a devolver o dinheiro, também a entregar o celular vendido, e entrou em luta corporal com o rapaz.
Suposto roubo
Segundo Amilton Ferreira de Almeida, foi nesse momento em que a cliente dele deixou o quarto da pousada com a bolsa da vítima. A luta corporal entre o rapaz e a suposta vítima teria continuado, “porque ela estava com duas taças quebradas na mão”. Ainda, disse que o trio já havia consumido drogas.
Os dois saem do quarto, a suposta vítima pega uma pedra que seria usava para atacar o cliente, e os dois continuam as vias de fato. “Foi isso que aconteceu, e aí a minha cliente foi embora com a bolsa da menina. Mas ela foi porque a intenção era pegar o celular que estava dentro da bolsa”.
O advogado explica, ainda, que a bolsa da suposta vítima com os pertencentes dela, assim como o iPhone 8, já estão em posse dele e serão levados para a delegacia durante a tarde.
“Ontem [terça-feira] eu estive na delegacia, e o boletim de ocorrência não tinha sido distribuído. Eles não sabiam para qual delegado cairia o procedimento. Então agora à tarde eu já vou lá levar o celular, explicar essa situação e marcar o dia para oitiva da minha cliente”.
Amilton reforça que a cliente dele não conhece o rapaz, apenas pelo primeiro nome, e não sabe informar endereço nem dados pessoais dele.
Versão da suposta vítima
A amiga contratada procurou a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) e contou ter sido abordada pela mulher recém-contratada da mesma casa noturna que a vítima trabalha e por um homem. O casal teria contratado o programa.
Após o casal consumir cocaína, a vítima relata que começou a ser agredida com garrafas de cervejas, socos, pontapés e pedradas sem motivos.
As agressões se estenderam até a frente do estabelecimento que os três estavam e só foram interrompidas com a intervenção dos funcionários. O casal fugiu levando a bolsa com documentos, 1 celular, maquiagens e cartões.
A vítima afirmou que a bolsa foi roubada ainda no quarto mediante ameaças com uma faca. A vítima foi socorrida com hematomas no rosto inteiro, sem conseguir abrir o olho, sangramento no nariz, lesões nas costas, cotovelos, braços e mãos.
