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Polícia

Homem que matou marido de amante disse que agiu para se defender: ‘Só senti o golpe’

Douglas Pereira Rios, que matou Eli Matias a facadas, afirmou, ainda, que amante disse que era solteira e ex-marido a perseguia
Victória Bissaco -
Douglas Pereira Rios é julgado por matar marido da amante - (Foto: Victória Bissaco)

Réu por assassinar o marido da amante, Eli Matias, de 36 anos, em outubro de 2022, no bairro Noroeste, em , Douglas Pereira Rios, de 33 anos, contou que a amante disse que era solteira e perseguida pelo ex-marido. O homem é julgado na manhã desta sexta-feira (12) e afirmou ao Plenário que agiu em legítima defesa. “Só senti o golpe nas costas”.

Douglas diz que não conhecia Eli, nem de vista, ainda que morassem no mesmo bairro. Durante o depoimento, afirmou que a companheira da vítima contou para ele que estava separada do marido, e que o ‘ex-marido’, Eli, estava a ameaçando.

No dia do crime, segundo relato dele ao Plenário do Tribunal do Júri, disse que estava na conveniência da Rua Piraputanga com alguns amigos, por volta de 1h, quando decidiu voltar para casa. O réu afirma que a companheira de Eli estava agredindo ele e os colegas, justamente porque iam embora.

O homem saiu sozinho do local e foi seguido pela mulher, que pediu para que ele não fosse embora. “Ela veio atrás de mim porque a gente ia separar, já que ela estava batendo e brigando com meus amigos. Aí ela me bateu também e eu disse que não queria mais nada com ela, que aceitou. Eu estava indo embora e ela me puxou e disse que só tinha eu e os filhos dela. Eu falei ‘por que você está fazendo isso, então?, e ela me abraçou e disse vamos embora”, conta.

Durante o abraço, afirma que Eli o atacou. “Só senti um golpe nas costas”. Ele conseguiu entrar em luta corporal com a vítima e pegar o canivete, que havia caído no chão. Disse, ainda, que Eli jogou o corpo sobre o dele, para continuar o agredindo, momento em que passou a golpeá-lo.

Os 17 golpes atingiram a região do coração da vítima. Questionado do porquê ‘mirou’ próximo ao peito, disse: “Fiquei com medo na hora. Quando ele estava em cima de mim, não vi onde estava dando os golpes, só queria que ele saísse de cima”.

Após matar Eli, foi até a casa onde morava com a e confessou o crime. O réu também foi atingido com sete golpes de canivete: três nas mãos, dois no rosto, um nos flancos e um na bochecha, que chegou a quebrar dentes dele. “Cuspia sangue”.

O Aluízio Pereira dos Santos apontou que o réu não teve características “clássicas” de quem age em legítima defesa. “Não acionou as autoridades e foi para casa”. Douglas rebateu dizendo que não contou à polícia porque foi levado pela mãe à UPA (Unidade de Pronto Atendimento) do Tiradentes. Depois, transferido para a .

Contradição

O réu foi questionado pela Promotoria quanto a algumas versões conflitantes do depoimento. Isso porque contou que os golpes atingiram as costas dele. Em outro momento, mencionou que estava com uma mochila nas costas.

Promotor questiona versões de Douglas – (Foto: Victória Bissaco)

“Como você disse que sentiu a facada se em outro momento você disse que estava com a mochila?”, indagou o promotor. Douglas respondeu que a facada foi mais embaixo, e não sabe nem se atravessou a mochila, mesmo dois anos após o crime. “Nunca olhei”.

Amigo disse que Eli ia perdoá-la

Durante depoimento como testemunha, amigo da vítima contou que Eli era como um irmão e que já havia comentado sobre a desconfiança da esposa estar o traindo. “Ela fazia curso de noite e ele falava que não sabia a hora que acabava o curso. Então, ele ficava muito desconfiado dela, tipo de trair”, disse.

Testemunha disse que Eli pensou em perdoar a esposa – (Foto: Victória Bissaco)

Segundo relato da testemunha, o relacionamento da vítima e a esposa não estava na melhor forma. Tinha algumas brigas de casal, mas continuavam juntos. Disse, ainda, que a mulher batia em Eli e que ele não revidava.

Ainda conforme o amigo, e mulher era conhecida no Bairro pelas traições e a vítima tinha dito que, se ela realmente tivesse em outra relação, ele pegaria as coisas e iria embora. “Não ia fazer nada. Me falou até que se ela tivesse mesmo fazendo isso poderia perdoá-la”, lembrou.

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