Promotor fala de mensalinho recebido da família Name por ex-mulher de Rios: ‘Desmascarada’

Em depoimento no 2º dia de júri, Eliane disse que foi torturada no Garras

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(Henrique Arakaki, Midiamax)

Durante o primeiro debate na manhã desta quarta-feira (18), no julgamento do caso de ‘Playboy da Mansão’, o promotor Moisés Casarotto disse que Eliane Benitez recebia mensalinho da família Name, após a prisão de Marcelo Rios. Ele também falou do pedido de ajuda no Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Bancos, Assaltos e Sequestros) contrapondo seu depoimento, em que disse que havia sido torturada na delegacia.

“Mentira que foram torturados. No dia 7 de agosto, Eliane voltou ao Garras para pedir ajuda falando que iria fazer uma colaboração”, disse o promotor. Ele ainda falou que Eliane pediu por um acordo sigiloso, já que o advogado era da organização criminosa.

Casarotto ainda disse que Eliane Benitez pediu proteção à testemunha. O promotor ainda mostrou pagamentos que foram feitos em 2020 pela organização chefiada por Jamil Name. “Pagava também os advogados que defendiam os guardas. Um mensalinho”, falou o promotor.

Jamil Name – que morreu na Penitenciária Federal de Mossoró -, Jamil Name Filho, Marcelo Rios, Rafael Antunes, José Moreira – que morreu em troca de tiros no Rio Grande do Norte -, Juanil Miranda e Everaldo Monteiro de Assis são réus pelo crime.

‘Queriam levar meus filhos’

Eliane Benitez, ex-mulher de Rios, prestou depoimento nesta terça (17) e chorou ao relatar os dias que passou na delegacia do Garras, quando da deflagração da Operação Omertà, em 2019. “Queriam me levar, tudo bem, mas meus filhos?”, disse Eliane aos prantos no plenário do júri. 

Rios teria recebido R$ 50 mil para matar ‘Playboy da Mansão’ dentro de cadeia

Macedo disse que Marcelo Rios, o ex-guarda municipal, recebeu R$ 50 mil para matar Marcel Colombo dentro da cadeia, depois da prisão de ‘Playboy da Mansão’ por descaminho. Mas como não conseguiu matar dentro da cadeia, teve de fazer o ‘serviço’ quando Marcel foi solto.

“A organização mata os pistoleiros que fazem cagada”, disse o delegado. Ainda segundo o delegado, o contador Elton Pedro, que também fazia levantamento de informações para a família Name, teria pesquisado sobre a vida de ‘Playboy da Mansão’.