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Polícia

Prestes a completar 1 ano do assassinato de Adryan em tabacaria no Guanandi, réus vão a júri popular 

Crime aconteceu em julho de 2023 em uma tabacaria na Avenida Manoel da Costa Lima
Lívia Bezerra -
(Fotos: Reprodução Redes Sociais / Henrique Arakaki, Midiamax)

Prestes a completar 1 ano do assassinato de Adryan Junior Baldino, ocorrido em uma tabacaria na Avenida Manoel da Costa Lima, no bairro Guanandi, em , os réus Rafael Paez da Silva e Felipe Pereira dos Santos vão a júri popular. 

No próximo dia 16 completam-se 12 meses do assassinato de Adryan. Ele foi morto aos 19 anos com um tiro na nuca no início da manhã de um domingo e os autores fugiram em seguida. Adryan chegou a ser socorrido para o Coophavila II, mas não resistiu aos ferimentos e foi a óbito naquele 16 de julho.

Na época, Rafael foi preso por ser acusado de ter ajudado na fuga de Felipe, que era adolescente e foi apreendido. Agora, a dupla – que responde por homicídio qualificado praticado mediante meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima – será julgada no dia 2 de agosto. O julgamento está marcado para as 8 horas da manhã.

Meses após o crime, os dois foram denunciados pelo MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) e uma audiência de instrução e julgamento foi marcada para que testemunhas, Rafael e Felipe pudessem ser ouvidos em dezembro. Como algumas testemunhas faltaram, outra oitiva foi marcada para março deste ano.

Posteriormente, o MPMS representou contra Felipe, hoje com 18 anos de idade. Conforme a representação, ele e Adryan tinham uma rixa por ciúmes, visto que ele não aceitava o fim do relacionamento com a jovem que acompanhava a vítima.

Felipe confessou assassinato 

Felipe confessou o crime – na época cometido como ato infracional por ser adolescente. Ele esclareceu que o motivo não foi por conta da jovem que acompanhava Adryan e muito menos que Rafael o ajudou a fugir. Explicou que estava na tabacaria com quatro meninos, mas que quem lhe ajudou na fuga é outra pessoa, moradora do bairro Dom Antônio Barbosa. 

Ele contou que já conhecia a vítima, pois os dois tinham uma rixa devido ao fato de Adryan ter efetuado um disparo de arma de fogo contra um amigo de Felipe em outra oportunidade. Assim, Adryan teria ameaçado Felipe de morte várias vezes.

No dia do assassinato, Felipe chegou à tabacaria por volta das 21 horas com três amigos, sendo um deles o Rafael. Adryan também estava no estabelecimento e teria provocado Felipe e o ameaçado. 

Com isso, o acusado se sentiu intimidado, resolveu investir contra Adryan, momento em que avisou os três amigos sobre a intenção de atirar na vítima, pedindo para que o trio se retirasse do local. Ele pediu apenas que o outro amigo o esperasse para ajudá-lo a fugir. 

Felipe retornou ao local onde Adryan estava, sacou a arma e efetuou um disparo que, conforme relatou ao magistrado, atingiu a região da cabeça do jovem. Disse ainda que Adryan tentou sair correndo quando o viu, mas foi surpreendido pelo tiro.

Em seguida, Felipe fugiu percorrendo por aproximadamente uma quadra, onde estava o amigo em uma motocicleta o esperando para fugir.

Rafael nega auxílio na fuga

Rafael, ouvido como testemunha, contou ao magistrado em audiência que Felipe e Adryan tinham uma rixa pelo fato de Adryan ter ameaçado o mesmo, mas não soube dizer o motivo. No dia do crime, ele relatou que a vítima teria provocado Felipe, ressaltando ainda que Adryan já teria agredido ele em outra oportunidade. 

Ele alegou que não soube de qualquer envolvimento da jovem que acompanhava Adryan com o mesmo, pois a menina estaria namorando Felipe. Também afirmou ter ido embora da tabacaria antes do assassinato e que soube dos fatos pelo próprio Felipe, que lhe confidenciou que Adryan estaria lhe provocando e por isso efetuou o disparo. 

Ainda durante a audiência, Rafael negou ter ajudado na fuga de Felipe e acrescentou que teria sido outro amigo do mesmo que teria lhe dado carona com uma moto. 

Já a jovem que acompanhava Adryan naquele 16 de julho disse ao magistrado que era ex-namorada de Felipe e negou ter qualquer relacionamento com a vítima. Afirmou que só soube depois que a vítima teria provocado Felipe, mas não ficou sabendo os motivos da provocação. Ela ainda contou que estava na tabacaria, mas não viu Adryan, apenas Felipe, porém, que não conversaram no estabelecimento. 

Assim, foi concluído pelas investigações que Felipe foi o autor do ato infracional. Contudo, a Defensoria Pública, que representa Rafael, pediu pela sua impronúncia, ou seja, que ele não fosse a julgamento, o que não foi aceito pela Justiça, que manteve a decisão do júri popular a ser realizado no dia 2 de agosto.

Relembre o caso

No dia do assassinato, uma funcionária contou à polícia que Adryan era frequentador assíduo do espaço, de quinta-feira a domingo, sendo conhecido no local. Ela não viu o crime, mas escutou os tiros.

Nas imagens de segurança é possível ouvir o barulho, em seguida uma correria. A vítima foi levada para o Pronto Socorro Coophavila II, mas não resistiu aos ferimentos.

Vizinhos reclamaram, na época, da convivência com estabelecimento, já que há grande movimentação de pessoas e som alto. Um morador conta que a esposa ouviu o tiro, ele teria ingerido bebida alcoólica para facilitar em dormir, já que se incomoda todo fim de semana com o barulho da tabacaria.

“Faz um ano que não consigo dormir direito. Ligo para Polícia Militar e falam que é com a Polícia Civil, que fala que é com a Guarda Civil Metropolitana. Empurram e ninguém resolve. [Aqui], empinam moto, é comum casais fazendo sexo e som alto”.

Confira o vídeo da câmera de segurança:

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