Gabriel Chaves da Silva e Geilson Rodrigues Santos, os dois presos que assassinaram Railson de Melo Ponte dentro de uma cela da Gameleira, em Campo Grande, neste fim de semana, disseram que estavam ‘decretados’, ou seja, jurados de morte pelas facções PCC (Primeiro Comando da Capital) e CV (Comando Vermelho).

Geilson contou que Railson era faccionado do PCC e estava na cela com eles tendo a intenção de matá-los, já que estavam jurados de morte, e antes de serem mortos cometeram o assassinato. Railson era acusado de matar o estudante Danilo César de Jesus. Railson havia sido condenado a 18 anos de prisão.

Por volta de 3h30 da madrugada, os policiais penais foram chamados, pois havia um detento morto em uma das celas. Os agentes isolaram os autores, que acabaram confessando o homicídio de Railson.

Eles disseram aos agentes penitenciários que um segurou o preso e o outro o asfixiou até a morte. Railson estava preso desde o dia 18 de março de 2023, após ser detido por suspeita da morte de Danilo, de 29 anos. A morte aconteceu em 5 de março daquele ano e o corpo só foi encontrado no dia 8.

Em 20 de março de 2024, Railson foi condenado a 18 anos de prisão pela morte de Danilo. O juiz presidente do Tribunal do Júri, Aluizio Pereira dos Santos, condenou Railson pelos crimes de homicídio qualificado, ocultação de cadáver e furto por motivo torpe, meio cruel e recurso que dificultou a defesa da vítima.

Durante seu depoimento, Railson negou a autoria do crime. “Fácil jogar a culpa em cima de mim”, disse ele aos jurados e magistrado. Ele ainda se descreveu como uma pessoa calma e fácil e que não tinha preconceitos com homossexuais.