O homem preso no bairro Jardim Noroeste, em Campo Grande, durante a deflagração da Operação Tractus, nesta quarta-feira (28), ganhou a liberdade. Ele estava com armas avaliadas em mais de R$ 11 mil em sua casa.
Na audiência de custódia desta quinta-feira (29), o homem ganhou a liberdade com medidas cautelares impostas como manter endereço atualizado nos autos e comparecer a todos os atos do processo. Na residência foram encontradas duas pistolas 9 milímetros, uma da marca Canik e outra Zigana PX-9.
Os policiais também apreenderam 34 munições 9 mm e 5 carregadores. Na companhia da mulher, o homem disse que comprou as armas e munições por R$ 11,5 mil. Ele ainda relatou que comprou as armas há um ano, de um homem que passou por Campo Grande e dizia ser de São Paulo. Antes, há um mês, ele disse que trabalhava como motorista de caminhão em uma empresa.
Ao ser preso, ele afirmou que negou ter arma para não falar na frente do filho, diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista. Assim, os policiais apreenderam as armas e prenderam o suspeito em flagrante.
Operação Tractus
A Polícia Federal deflagou a operação nesta quarta-feira (28) e apreendeu veículos, armas e até cabeças de gado. Os agentes cumpriram dois mandados de prisão temporária e 11 de busca e apreensão. A ação mira um grupo criminoso do tráfico de cocaína e armas.
Segundo a PF, em Corumbá os agentes apreenderam dois revólveres, veículos, um barco, 800 cabeças de gado, celulares e documentos. Já em Campo Grande, apreenderam quatro veículos, duas pistolas, uma arma longa, R$ 900 mil em dinheiro, celulares e joias.
Ainda conforme a PF, os agentes iniciaram as investigações após a prisão em flagrante de um indivíduo, em Água Clara. Na ocasião, ele transportava cerca de 163 quilos de cocaína em um fundo falso do veículo.
As cidades alvos da PF foram Campo Grande, Anastácio e Corumbá. Também foi feito o bloqueio de 13 contas bancárias, o sequestro de seis imóveis, entre eles duas fazendas, além de 25 veículos e embarcações. Ao todo, 60 policiais participaram da ação.
Durante a investigação, os policiais federais apreenderam aproximadamente uma tonelada de cocaína. O grupo, liderado por condenado pelo crime de tráfico de drogas, utilizava áreas alagadiças e de difícil trânsito do Pantanal sul-mato-grossense para o transporte dos itens ilícitos.
