Os dois pistoleiros que mataram Eliston Aparecido Pereira, de 51 anos, na última sexta-feira (16), em Dourados, desembarcam na tarde deste domingo (18) no aeroporto Pedro Teruel, em Campo Grande. Os criminosos saíram de Dourados em aeronave Dracco (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado) e a previsão de pouso é às 16h40.

A prisão aconteceu quando os dois pistoleiros do PCC (Primeiro Comando da Capital), contratados para cometer homicídios para a facção, desembarcaram no terminal da Barra Funda, em São Paulo. 

Eles tentaram fugir, mas foram detidos em ação coordenada do Dracco (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado), PRF (Polícia Rodoviária Federal) e PM/SP. 

Informações obtidas pelo Jornal Midiamax são de que um dos pistoleiros tem ligação com Jorge Adalid Granier Ruiz, o ‘Fantasma do PCC’, e Waldemar Pereira Rivas, o ‘Cachorrão’, do PCC.

A execução de Eliston aconteceu depois da perda de uma carga de cocaína que seguia para São Paulo em 2023. De acordo com a investigação, Eliston era responsável por organizar a saída da droga de Dourados para outros estados, no entanto, em uma das operações a polícia apreendeu 200 quilos de cocaína em uma carretinha.

Já outro carregamento, que chegou até São Paulo, a facção descobriu que a cocaína havia sido trocada por massa  corrida e isopor. Eliston chegou a ficar dois dias preso em Ponta Porã sob poder dos donos da droga em reunião. Logo depois, foi solto e disse para a esposa que estaria ‘queimado’ com a facção e que não arrumaria mais trabalho.

Ainda segundo a investigação, os responsáveis pelo envio da falsa cocaína para São Paulo foram assassinados em Campo Grande, pelos chefes da facção em meados de julho de 2023. A vítima na época teria sido questionada se estaria ‘jogando’ com a polícia depois da apreensão da cocaína em Dourados. 

Eliston já havia sido ameaçado de morte tempo antes de sua execução, nesta sexta (16), já que havia sido dito a ele que ‘teriam que resolver a situação’ após a cocaína ser apreendida em Dourados. Logo após a execução de Eliston, três autores que estavam hospedados em um hotel na cidade fugiram.

Um deles, que estava ferido, fugiu de carro para o Paraguai e os dois pistoleiros do PCC que fugiram de ônibus acabaram presos em São Paulo.