O pintor Magno Fernandes Monteiro, de 42 anos, foi executado a marteladas, facadas e enterrado vivo no quintal da própria casa, em Sidrolândia, a 70 quilômetros de Campo Grande. Ele estava desaparecido há seis meses na cidade. 

A ossada do pintor foi encontrada nessa quarta-feira (22) após uma testemunha ir até o quintal para colher mandiocas, onde cavou a terra e viu um objeto estranho enterrado, lhe deixando assustada. 

A Polícia Civil foi acionada, indo até a casa e constatando que era a ossada de Magno. Em seguida, uma equipe da Perícia Científica também foi acionada para o local.

O suspeito, de 19 anos, foi identificado e encontrado em seu local de trabalho, sendo preso em flagrante. Na delegacia, ele confessou o crime e apontou outros dois envolvidos, detalhando como ocorreu a execução, segundo a delegada Cynthia Gomes.

“Ele disse que executaram a vítima com marteladas no crânio, além de facadas no abdômen e que o enterraram ainda com vida, aos gritos, no quintal da casa em que residia”, contou a delegada. 

Imediatamente, uma equipe do GOI (Grupo de Operações e Investigações) foi acionada e encontrou o segundo envolvido em sua casa. Ele foi levado para a delegacia e também confessou ter participado do crime. 

Investigação

Inicialmente, a linha de investigação para o desaparecimento do pintor era de que houve uma eventual dívida de drogas, por ele ser usuário. Porém, há cerca de dois meses, uma mulher, também investigada por participação no caso, foi até a delegacia registrar um boletim de ocorrência por violência doméstica. 

Na ocasião, ela relatou que o autor – seu namorado – disse que faria com ela o mesmo que fez com Magno, ou seja, que a mataria e enterraria o corpo no quintal da residência. 

Após esse registro de violência doméstica na delegacia, a Polícia Civil passou a ter como principal suspeito, o verdadeiro autor do crime.

Depois que a ossada foi encontrada enterrada no quintal da casa de Magno, o autor foi preso em flagrante, sendo que mudou seu primeiro depoimento negando que participou do crime, mas acabou confessando a autoria. 

“Ele chegou a prestar depoimento na delegacia sobre os fatos na época, mas negou a autoria e naquele momento não realizamos sua prisão, pois não tínhamos elementos concretos para mantê-la”, explicou a delegada Cynthia. 

Dois foram presos e um terceiro envolvido segue foragido. Eles serão indiciados por homicídio qualificado (por motivo fútil, com emprego de meio cruel e por recursos que impediram a defesa da vítima) e por ocultação de cadáver.

Outras duas testemunhas e uma mulher, investigada por participação no homicídio por prestar auxílio material, foram ouvidas. 

(Reprodução, Polícia Civil)