Perícia contratada pelo médico João Pedro de Miranda, envolvido em um acidente no dia 8 de junho de 2023, onde uma motorista de um veículo Toyota Corolla acabou ferida, apontou que a mulher estaria 35% acima da velocidade para a via. Em 2017, João Pedro matou a advogada Carolina Albuquerque em um acidente na Avenida Afonso Pena.

O laudo da perícia particular contratada pelo médico foi anexada ao processo no dia 27 de junho deste ano. Segundo o laudo, pelas imagens analisadas, como também a trajetória dos veículos, foi demonstrado que o Corolla que era dirigido por uma mulher que ficou ferida no dia do acidente estaria 35% acima da velocidade permitida.

De acordo com o laudo, a velocidade na via seria de 40 km/h e quando ocorreu a colisão, a Amarok de João Pedro estava na velocidade permitida para a via. “De posse dos valores das velocidades, pode-se afirmar que a unidade de tráfego V1 (AMAROK) transitava, momentos antes do sinistro, com velocidade não superior ao limite estabelecido para a respectiva via, uma vez que a mesma é classificada como coletora”, diz o laudo da perícia.

“Face a todo o exposto e analisado no corpo deste Laudo, CONCLUEM estes Peritos que a CAUSA DETERMINANTE do Acidente de Tráfego ocorrido por volta das 00h 39min do dia 08 de junho de 2023, na confluência da Avenida PAULO COELHO MACHADO e Avenida RUBENS GIL DE CAMILLO (prolongamento da Avenida LUÍS ALEXANDRE DE OLIVEIRA), Bairro Santa Fé, no município de Campo Grande (MS),objeto do BOAT nº 5672/2023, fora a POSTERGAÇÃO DA SINALIZAÇÃO SEMAFÓRICA DE PARE imposta para V1 (AMAROK), tendo como CAUSA CONCORRENTE o EXCESSO DE VELOCIDADE com que estava animado o V2(COROLLA), o que contribuíra para seu deslocamento residual pós impacto”, diz a conclusão da perícia contratada. 

Mas, na época do acidente, João Pedro apresentava sinais de embriaguez. Durante a prisão, João Pedro confessou que havia ingerido bebidas alcoólicas. Ele apresentava sonolência, olhos vermelhos, roupas em desalinho e odor etílico, segundo os policiais que atenderam o acidente.

O acidente

O acidente aconteceu depois da meia-noite do dia 8 de junho de 2023, e quando preso João, que apresentava sinais de embriaguez, disse aos policiais que a motorista teria furado o sinal vermelho e que ficou no local do acidente prestando socorro sem fugir. A motorista foi socorrida pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e levada para a Santa Casa, com fratura no quadril. 

A vítima dirigia um Toyota Corolla e seguia pela Avenida Rubens Gil de Camilo, sentido leste-oeste, quando no cruzamento com a Rua Paulo Machado foi atingida pela caminhonete Amarok, conduzida por João.

Com a batida, o carro da vítima ficou com a lateral do motorista destruída. O local fica a poucos metros de onde aconteceu o acidente com morte em 2017, também provocado por ele.